A reforma da Previdência foi aprovada na Comissão Especial que tratou o assunto no começo de maio e, desde então, o texto aguarda para ser votado no plenário da Câmara dos Deputados.
O problema é que diante dos embates intermináveis sobre a reforma política nas sessões da Casa e o clima de instabilidade gerado pela expectativa de uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer, por parte da Procuradoria Geral da República, a votação da reforma da Previdência vai, cada vez mais, perdendo prioridade entre os deputados federais.
Para o deputado Federal e vice-líder do PSD, Thiago Peixoto, de Goiás, dificilmente a reforma da Previdência será aprovada no Plenário em meio à turbulência política que se instalou na Câmara.
“É uma reforma necessária, fundamental para o país que nós tínhamos que encarar isso de frente. É um remédio doloroso, mas necessário. Mas, infelizmente, eu não vejo ambiente na Câmara, em especialmente, para votar esse projeto. Ele foi aprovado em comissão, mas o ambiente no Plenário não é positivo.”
A base governista na Câmara dos Deputados tinha previsão de aprovar o texto da reforma da Previdência no plenário da Casa até o mês de julho, ou seja, antes do recesso parlamentar do meio de ano. Como isso não foi possível, o prazo para aprovação da reforma foi prorrogado até o final do ano.
O deputado Thiago Peixoto acredita que a aprovação da Reforma da Previdência é necessária para o governo retomar o crescimento da economia. No entanto, ele ressalta que alguns parlamentares estão preocupados com a repercussão que a reforma da Previdência pode causar entre a população.
“Está todo mundo aqui não olhando para o mérito do projeto e sim se ele é popular ou não e, nós deveríamos estar olhando para o mérito. É um projeto bom, necessário que vai salvar as finanças públicas do nosso país.”
Entre as medidas previstas no texto da Reforma da Previdência está a que determina a idade mínima de 65 anos para os homens se aposentarem. As mulheres vão poder se aposentar com 62 anos de idade e 25 anos de contribuição previdenciária.
De Brasília, Cristiano Carlos