LAVA JATO: Paes e Romário negam acordo para as eleições do ano que vem no Rio
O prefeito do Rio de Janeiro e o senador foram citados na gravação que serviu de prova para a prisão de Delcídio do Amaral
REPÓRTER: O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, do PMDB; o secretário-Executivo do município, Pedro Paulo de Carvalho, também do PMDB; o senador Romário, do PSB e o senador Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, foram citados no áudio que serviu de prova para a prisão do líder do governo Dilma Rousseff no Senado, Delcídio do Amaral. A gravação é uma conversa entre Delcídio com o advogado Edson Ribeiro, que defendeu o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, na Operação Lava Jato, e Bernardo Cerveró, filho do delator do Petrolão. No áudio, Delcídio comenta que ouviu do prefeito Eduardo Paes um acordo para o senador Romário apoiar o secretário-Excutivo, Pedro Paulo, nas eleições municipais do ano que vem. Delcídio deixa a entender na gravação que o pacto eleitoral entre Eduardo Paes e Romário teria sido firmado porque o prefeito sabia de uma suposta conta do ex-jogador da Seleção, na Suíça. Essa informação foi divulgada pela revista Veja, em julho, e contestada pelo senador Romário. Na reportagem de Veja, foi publicada uma cópia de um suposto extrato bancário suíço em nome de Romário. A instituição financeira atestou que o extrato publicado na revista era falso. O prefeito Eduardo Paes e o senador Romário informaram por meio de notas que se encontraram com Delcídio do Amaral no dia quatro de novembro para tratar de assuntos referentes a um projeto do Senado sobre dívidas dos municípios.
Reportagem, Cristiano Carlos