JUSTIÇA: Fachin era o nome mais viável para assumir a relatoria da Lava- Jato, diz cientista político

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REPÓRTER: O ministro Edson Fachin, escolhido nesta quinta-feira (2), por meio de sorteio, para ser o novo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) é dono um perfil sereno e de um profundo conhecimento jurídico. Essa, pelo menos, é a avaliação é do cientista político, sociólogo e professor da Universidade de Brasília (UnB), Antônio Flávio Testa. Para o professor, que foi entrevistado pela Empresa Brasil de Comunicação, Fachin era o nome mais adequado assumir o posto.

SONORA:
 Antônio Flávio Testa, cientista político, sociólogo e professor da UnB
“Olha, eu acho que era o nome mais viável. Destes ministros que estão aí, ele talvez seja o que tenha menos resistência por conta da história de outros ministros que já tinham algum envolvimento, de contato político, de amizade pessoal, de outro relacionamento. E o ministro Fachin até agora se mostrou muito rigoroso na condução dos casos que ele julgou, ele é um homem de uma técnica jurídica muito acentuada de muita respeitabilidade independentemente de suas convicções ideológicas e é possível que a Lava Jato tenha com a sua relatoria um andamento mais técnico, mais isento ainda, do que tinha com o ministro Teori”.

REPÓRTER: 
Em abril de 2015, quando foi indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff para assumir uma cadeira na Suprema Corte, Edson Fachin passou por uma longa sabatina, de 13 horas, no Senado Federal. O jurista, conhecido pelo perfil ideológico alinhado com o pensamento de esquerda, teve de responder uma série de perguntas relacionadas a sua atuação política, para, então, ter o nome aprovado para o cargo.
Antônio Flávio Testa, que acompanhou a sabatina, afirma que o ministro sabe separar as convicções políticas, da atuação como magistrado.

SONORA:
 Antônio Flávio Testa, cientista político, sociólogo e professor da UnB
“Eu acompanhei a sabatina do ministro Fachin no senado e ele demonstrou ali uma grande competência jurídica, um conhecimento muito grande desse mundo que é muito complexo. E, também não deixou de externar naquela ocasião as suas convicções políticas. A sua formação de esquerda, a sua militância e até agora ele tem conseguido separar essas convicções da sua atuação como magistrado.”

REPÓRTER:
 Horas depois de ser declarado o novo relator da Lava Jato no STF, o ministro Fachin divulgou uma nota declarando que vai cumprir o dever que lhe foi encarregado com "prudência, celeridade, responsabilidade e transparência".

Reportagem, João Paulo Machado

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