JUDICIÁRIO: Terceirizados e reeducandos ganham duas horas livres para leitura

REPÓRTER: Alexandre Pereira de Castro participou do lançamento oficial do projeto Leitura Livre, do judiciário paraense. Trabalhadores terceirizados e reeducandos do projeto Começar de Novo terão duas horas, na última sexta-feira de cada mês, para se dedicar à leitura, na Biblioteca Desembargador Antônio Koury, no Tribunal de Justiça do Pará. Alexandre é reeducando e afirma que o projeto é uma oportunidade.  

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REPÓRTER: Alexandre Pereira de Castro participou do lançamento oficial do projeto Leitura Livre, do judiciário paraense. Trabalhadores terceirizados e reeducandos do projeto Começar de Novo terão duas horas, na última sexta-feira de cada mês, para se dedicar à leitura, na Biblioteca Desembargador Antônio Koury, no Tribunal de Justiça do Pará. Alexandre é reeducando e afirma que o projeto é uma oportunidade.  
 
SONORA: Reeducando Alexandre Pereira
“Então, para mim é muito bom. Depois de tudo isso que passou, para mim está sendo uma ótima oportunidade. Até porque esse aqui é um projeto, ele tem um tempo determinado. Então, a partir do momento que a gente termina a nossa pena aqui, a gente tem que sair do projeto para dar oportunidade para outras pessoas entrarem.”
 
REPÓRTER: O projeto disponibiliza livros e revistas que podem ser emprestados sem burocracia. Além disso, a ação incentiva a contação de histórias de forma lúdica e criativa. No lançamento, a pedagoga e mediadora de leitura Miléia Silva foi a responsável por ensinar aos participantes a interpretação dos textos. A pedagoga garante que o projeto vai ajudar na formação dos reeducandos.
 
SONORA: Pedagoga Miléia Silva
“Eu vejo de forma bem positiva, porque é assim não é simplesmente retirar esse tercerizado, reeducando do seu espaço. O Tribunal está ganhando duas horas para esse terceirizado e esse reeducando, porque ele vai está se formando, ele vai ter um funcionário com certeza melhor mais lá na frente e isso é muito positivo.”  
 
REPÓRTER: Atualmente, mais de 25 terceirizados e reeducandos estão cadastrados no projeto. Todas as leituras serão registradas pela Biblioteca e as informações serão encaminhadas à Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará, no caso dos reeducandos. De acordo, com a bibliotecária Elaine Ribeiro, os livros podem ser lidos no local de trabalho ou no espaço da biblioteca.
 
SONORA: Bibliotecária Elaine Ribeiro
Com o lançamento dessa portaria, eles vão poder pegar livros para lerem no seu local de trabalho ou então no espaço da biblioteca durante duas horas, para eles terem mais acesso à leitura e conhecimento e expandirem o seu olhar de mundo, digamos assim, que é uma das coisas que a leitura proporciona.”
 
REPÓRTER: As atividades atendem à Resolução de número 201 de 2015, do Conselho Nacional de Justiça, que prevê a adoção, pelo Poder judiciário, de medidas de valorização, satisfação e inclusão em ações que estimulem o desenvolvimento pessoal e profissional do reeducando.
 
Reportagem, Marcela Coelho