IPATINGA (MG): Apenas 61% das meninas de 11 a 13 anos tomaram segunda dose da vacina contra HPV, no município
Meta do Ministério da Saúde é de imunizar 75% das meninas de 11 a 13 anos, com a segunda dose da vacina contra HPV, que está disponível nos postos de saúde de Ipatinga
Repórter: O município de Ipatinga está com 61 por cento das meninas vacinadas, na segunda fase da campanha contra o HPV. A meta estipulada pelo ministério da Saúde é de que no mínimo, 75 por cento das adolescentes entre 11 e 13 anos sejam imunizadas. A vacina protege contra o papilomavírus humano, principal causador do câncer no colo do útero. Natalia Littig, gerente da Seção de Imunização do município alerta para a importância da vacina.
Sonora: Natalia Littig, gerente da Seção de Imunização, de Ipatinga
“É uma vacina segura, como todas as vacinas que o Ministério de Saúde oferece nas salas de vacina. Passaram por vários testes em laboratório. É uma proteção para o futuro da menina. Vai fazer com que essa menina tenha uma proteção contra o câncer, um câncer que mata tantas mulheres no Brasil, hoje. A gente quer mudar esse futuro, quer intervir nisso para que essas meninas não venham morrer por esse câncer.”.
Repórter: A secretaria de Saúde de Ipatinga está enfrentando dificuldades na aplicação da segunda dose devido a boatos sobre reações à vacina. Em resposta, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, afirma que a imunização é segura.
Sonora:Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
“Essa geração que está sendo vacinada contra o HPV, combinando a vacina contra o HPV, com o exame papanicolau a partir dos 25 anos, pode ser a primeira geração livre de mortes por câncer de colo do útero. Por isso as famílias não podem perder essa oportunidade, e não devem dar ouvidos a boatos de redes sociais, a boatos que não tem nem comprovação no Brasil nem em qualquer lugar do mundo. Hoje qualquer menina do nosso país pode estar protegida contra o câncer de colo do útero. Por isso é muito importante que as meninas que tomaram a primeira dose tomem a segunda. A proteção só está completa quando ela toma a segunda dose, e cinco anos depois ela toma o reforço. Para que a gente tenha a mortalidade por câncer no colo de útero reduzida de maneira drástica no nosso país.”
Repórter: De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, em 2015, cerca de oitocentas e 80 mulheres devem ser diagnosticadas com o câncer no colo do útero, apenas em Minas Gerais. Meninas que ainda não tomaram a segunda dose devem procurar a unidade de saúde mais próxima, com a identidade ou o cartão de vacina em mãos. A vacina e o atendimento são gratuitos. Vale lembrar que, a partir de janeiro deste ano, meninas de nove e 10 anos também podem tomar a vacina contra o HPV.
Reportagem, Lis Cappi