ECONOMIA: Empresas estatais “sem função” comprometem a economia do país, acredita deputado

Cerca de 41 empresas mantidas pelo governo foram criadas nos últimos anos

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Enquanto o governo Federal articula com o Congresso Nacional para achar uma solução que contenha o rombo nos cofres públicos, alguns parlamentares acreditam que a melhor saída seria diminuir os gastos excessivos da máquina pública.

Deputados Federais, como por exemplo, Fernando Monteiro (PP-PE), considera o número de estatais muito alto. E, na opinião do congressista, acabar com essas empresas que não tem função clara e são mantidas pelo governo, seria um bom começo para a retomada da economia do país.

“O governo está cheio de empresas e muitas delas sem função, mas o governo ainda não as fechou. Como tem o exemplo da EPL (Empresa de Planejamento e Logística), que foi feita para o trem-bala e está aí funcionando sem nenhum objetivo e o governo gastando. Então eu defendo um estado menor, um estado mais eficiente e que realmente atenda a população.”

De acordo com levantamento feito pelo Instituto Teotônio Vilela, nos dois últimos governos, foram criadas no país, 41 estatais – empresas que pertencem ao poder público – que acumularam um prejuízo de R$ 8 bilhões.

Para o especialista em administração pública e orçamento público da Universidade de Brasília (UnB), José Matias Pereira, o Brasil realmente concentra um grande número de estatais. E, na opinião dele, se essas funções fossem transferidas para empresas privadas, o trabalho poderia ser mais eficiente e o governo não teria preocupação com esses gastos.

“É um número significativo de estatais e de ações que o Estado desenvolve. E essas ações poderiam ser transferidas para a iniciativa privada. Essa forma de tentar fazer o Estado pegar essa grande máquina para interferir na vida das pessoas e das empresas, isso só acaba dificultando e complicando ainda mais a situação do país.”

Nesta segunda-feira (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também defendeu o corte de gastos e criticou o aumento da meta fiscal do governo.

De Brasília, Marquezan Araújo
 

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