BELÉM (PA): Judiciário promove mutirão contra violência doméstica entre 13 e 17 deste mês

O Guamá é o bairro que possui o maior número de processos envolvendo violência doméstica em Belém, com 607 processos. 

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REPÓRTER: A violência contra a mulher não escolhe lugar ou classe social.  Os motivos são os mais variados, alcoolismo, uso de drogas, ciúmes, entre outros. A dona de casa Solange Silva, nome fictício, foi agredida pelo companheiro depois de dois anos de relacionamento.
 
SONORA: Solange Silva.
 
“Ele veio é me agrediu e eu pedindo pra ele, como nós já temos dois anos juntos, ele nunca tinha feito isso.”
 
REPÓRTER: Entre os dias 13 e 17 de junho, um total de 309 processos serão movimentados pela força-tarefa que vai analisar os feitos de violência doméstica ocorridos no bairro do Guamá, em Belém. As três Varas de Violência Doméstica e Familiar da Belém também vão fazer 160 audiências de instrução e julgamento, além de atos jurisdicionais como despachos, decisões e sentenças. Toda mulher que for vítima de violência deve procurar seus direitos, como ressalta a juíza auxiliar da Coordenadoria Estadual de Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJPA, Mônica Maciel.
 
SONORA: Juíza Mônica Maciel.
 
Toda mulher que for vitima, seja de violência física, moral, violência sexual, qualquer tipo de violência, ameaça, seja ameaça de morte ou lesão corporal, que realmente possam procurar seus direitos que serão devidamente garantidos e ficará realmente preservado  na sua integridade física e psicológica.”
 
REPÓRTER: O mutirão tem como intuito acelerar a prestação jurisdicional a mulheres vítimas de violência. O Guamá é o bairro que possui o maior número de processos envolvendo violência doméstica em Belém, com 607 processos. Por essa razão, o TJPA vai iniciar um calendário de mutirões para análise de processos divididos pelos bairros de Belém que possuem maior incidência de crimes de violência doméstica. A Coordenadora Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, desembargadora Maria Elvina Gemaque Taveira, destaca a importância de denunciar os casos.
 
SONORA: Desembargadora Maria Elvina Gemaque Taveira.
 
“O Tribunal de Justiça já vem trabalhando há algum tempo no sentido de empoderamento que a mulher precisa, realmente, tomar a frente, aprender a denunciar. Há necessidade que ela crie a coragem de sair desse ciclo para poder buscar essa proteção. Se ela não fala, não temos como chegar até lá”.
  
REPÓRTER: O mutirão que ocorrerá no Bairro do Guamá vai contar com seis juízes, seis promotores de Justiça e seis defensores públicos e vai ter auxílio de servidores e advogados colaboradores. No curso do trabalho, as informações referentes aos processos vão ser alimentadas no Sistema Libra e comunicadas à Coordenadoria Estadual de Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar.
 
Com a colaboração de Thamyres Nicolau, reportagem, Storni Jr.
 

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