REPÓRTER: Aos três anos de idade, o pequeno Douglas foi diagnosticado com autismo. Morador de Vitória, ele se interessou pelo surfe desde muito cedo, como conta a mãe do menino, a funcionária pública Mariana Magalhães. E foi no esporte que ele e a família encontraram a força para superar o autismo. Douglas pratica kickboxing e foi a primeira criança autista do mundo a trocar de faixa na luta marcial.
SONORA: Mariana Magalhães, funcionária pública
“Com dois anos e meio, ele mostrou interesse pelo surfe. Eu ia surfar, ele começou a querer ir também. E, nesse meio tempo do surfe, a gente descobriu o autismo na nossa vida. A gente percebia que, quando ele estava no mar, na areia, em qualquer contato com a natureza e gastando energia fazendo esporte, a gente tinha um ponto de encontro com ele. Ele respondia, ouvia, tinha menos tiques”.
REPÓRTER: Em homenagem à trajetória de superação, Mariana foi uma das escolhidas para carregar a tocha olímpica na capital capixaba. Nesta terça-feira (17), ela conduziu a chama por 200 metros, representando o filho Douglas. Ela diz que o trajeto do fogo olímpico simbolizou, para eles, o longo caminho da vitória de Douglas.
SONORA: Mariana Magalhães, condutora da tocha olímpica
“São só 200 metros, mas estarei correndo com duas milhões de famílias. O autismo é pouco divulgado, é um número muito grande. A história do meu filho, que hoje é um dos melhores casos de melhora que existem dentro do quadro do autismo, traz muita esperança. E a tocha está vindo com essa mensagem de esperança e de paz. Só de coisa boa”.
REPÓRTER: Para ajudar na divulgação de informações sobre o autismo, Mariana mantém a página no Facebook “Meu mundo é azul”.A tocha olímpica se despede do Espírito Santo nesta quarta-feira (18) e segue para a Bahia.
Reportagem, Michelle Abílio