LOC.: A crescente violência no Rio Grande do Norte tem deixado alarmadas autoridades no Congresso Nacional. As taxas de mortes violentas no estado vêm aumentando a cada ano e requerem mais investimentos em segurança pública. Num período de dez anos, o número de homicídios subiu 232% – índice muito superior ao da média nacional. A taxa de assassinatos, que em 2005 era de 13,5 para cada 100 mil habitantes, saltou para 44,9 em 2015.
Os dados fazem parte do
Atlas da Violência 2017, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Senador pelo PMDB do Rio Grande do Norte, Garibaldi Alves, que já foi governador do estado, defende uma parceria dos governos para tornar mais eficaz a contenção da criminalidade.
TEC./SONORA: Garibaldi Alves, senador PMDB (RN)
“Combater o crime organizado é um desafio imenso que teria que somar esforços do governo federal, do governo estadual e até do governo municipal.”
LOC.: Em janeiro deste ano, o Rio Grande do Norte enfrentou uma das suas mais graves crises de segurança. A rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, deixou 26 detentos mortos e nove feridos. O conflito de facções criminosas pelo controle de presídios do país foi identificado como uma das causas do ato. Para o senador Garibaldi Alves, esse deve ser um dos focos da ação do estado.
TEC./SONORA: Garibaldi Alves, senador PMDB (RN)
“Seria atuar de uma forma mais efetiva nos presídios. A dinâmica da violência ela ocorre de fora para dentro dos presídios. E a outra providência seria uma coisa óbvia: que é mais recursos para segurança.”
LOC.: Em 2014, Natal aparecia em quinto lugar entre as capitais com maior número de homicídios por arma de fogo do país. Dez anos antes, a capital do estado estava entre as mais tranquilas de viver: despontava em 26° lugar, atrás apenas de Boa Vista, em Roraima.
Reportagem, Hédio Júnior