SANTARÉM (PA): Justiça Federal liberta índio preso em manifestação

A Justiça Federal em Santarém, no oeste do Pará, libertou o índio Poró Borari, preso em flagrante pela Polícia Federal, acusado de manter em cárcere privado funcionários da Secretaria Especial de Saúde Indígena, a Sesai. 

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REPÓRTER: A Justiça Federal em Santarém, no oeste do Pará, libertou o índio Poró Borari, preso em flagrante pela Polícia Federal, acusado de manter em cárcere privado funcionários da Secretaria Especial de Saúde Indígena, a Sesai. A prisão ocorreu durante uma manifestação de índios de 13 etnias da região do baixo Tapajós e Arapiuns, que ocuparam a secretaria em protesto pelo direito à assistência de saúde. Uma ordem judicial de janeiro deste ano determinou que fossem cadastrados todos os indígenas das etnias da região e a medida não foi cumprida, o que gerou a manifestação. Após a ocupação da Sesai pelos índios, agentes da Polícia Federal chegaram ao local e acusaram Poró de ser líder do movimento, e ele foi preso. Para o Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União, a reivindicação dos índios é legítima e tem respaldo judicial. Após a libertação do índio, o MPF pediu à Justiça que multe a Sesai por descumprir a ordem judicial para oferecer assistência às 13 etnias. A multa de um milhão e 970 mil reais corresponde aos 197 dias em que a decisão está sendo desobedecida pela Sesai.

Com informações do Ministério Público Federal no Pará, reportagem Thamyres Nicolau

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