RIO 2016: Brasil é prata no revezamento 4x100m feminino e já tem melhor campanha da história no atletismo

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REPÓRTER: O atletismo brasileiro que vem sendo o carro chefe do país nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 alcançou, no início da noite desta quarta feira, sua 23ª medalha. A prata veio no revezamento 4x100m feminino, classe T11-13, para deficientes visuais. O time formado por Thalita Simplício, Alice Correia e Lorena Spoladore e Terezinha Guilhermina cruzou a linha de chegada com tempo de 47s57. A China ficou com o ouro ao bater o recorde mundial fechando a prova em 47s18. O bronze foi para a Colômbia (51s93).

A equipe brasileira largou melhor e passou a frente logo no início da prova. A liderança durou até a terceira troca de bastão, quando as chinesas assumiram a ponta. Terceira a correr, Lorena Spoladore analisou a prova.

 

REPÓRTER: Lorena Spoladore, atleta

 

“A gente sai do revezamento com o sentimento de vitória. Nossos revezamentos, infelizmente, sempre tiveram alguns problemas técnicos. Mas dessa vez a gente conseguiu, não queimamos, conseguimos a medalha de prata e eu costumo dizer que é um passo de cada vez. Hoje a gente está na prata e amanhã, com a graça de Deus e muito treinamento a gente vai estar com o ouro.” 

 

REPÓRTER: A prata do revezamento foi a primeira medalha de cada uma das quatro atletas nos Jogos Rio 2016. Principal estrela do atletismo paralímpico feminino, Terezinha Guilhermina já havia disputado as provas dos 100m e 200m rasos da categoria T11, mas foi desclassificada em ambas. Atleta mais experiente do time brasileiro, Terezinha, que tem 38 anos, ressaltou a importância dos treinamentos e do trabalho em equipe para a conquista da medalha.


SONORA: Terezinha Guilhermina, atleta

 

“Eu sempre falei o seguinte: Essa é uma medalha que ninguém ganha sozinho. A gente tem que entrar como um time. Para ser time tem que trabalhar junto, tem que treinar junto, tem que pensar junto. É uma medalha conquistada com oito mãos e 16 pernas. Nós todas estávamos nos dedicando muito, estávamos treinando no período de aclimatação durante dois períodos para fazer o treino individual e o treino de revezamento. Então, a prioridade era fazer o bastão correr.”

 

REPÓRTER: Com a 23 medalhas conquistadas no Rio de Janeiro, o atletismo brasileiro faz a melhor da história da modalidade, em uma edição de Paralimpíada. Ao todo, são sete ouros, 10 pratas e seis bronzes.

 

Do Rio de Janeiro, Reportagem, João Paulo Machado

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