POLÍTICA: Votação da reforma da Previdência ganha fôlego no Congresso

A intenção da base governista é conseguir os votos necessários até 14 de junho.

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LOC.: Após enfrentar uma grave crise política nas últimas semanas, o governo Federal estuda a retomada da votação da reforma da Previdência. Para que o texto seja aprovado, são necessários 308 votos favoráveis. A ideia é de que o projeto seja colocado em votação ainda nesse semestre, com o mesmo texto aprovado em comissão no início de maio.

Caso o governo não consiga alcançar o número de votos necessários, já estão sendo estudadas alternativas à reforma, como medidas provisórias e projetos de lei.

O deputado Fausto Pinato, do Partido Progressista de São Paulo, acredita que a votação será favorável e defende a reforma da Previdência para o Brasil.

TEC./SONORA: deputado Fausto Pinato

“Eu entendo que a reforma da Previdência é de suma importância, é um dos alicerces para a sustentação desse novo País que queremos reconstruir. Temos que brigar muito pela reforma da Previdência, reforma Tributária, reforma Trabalhista e reforma Política, esses quatro pilares são de suma importância para o País voltar a ter oxigênio.”

LOC: Na opinião do deputado, a chance de a reforma não ser votada de forma favorável é mínima.

TEC./SONORA: deputado Fausto Pinato

“O que pode acontecer é flexibilizar alguns pontos (da reforma), mas a reforma da Previdência não tem como não passar, eu entendo que o bom senso, aqueles que são patriotas, independentemente de sigla partidária, vão pelo bom senso e pela razão de aprovar essas reformas.”

LOC:
Entre as medidas do pacote alternativo à reforma da Previdência, caso não receba o número mínimo para ser aprovada, está a do tempo mínimo de contribuição na aposentadoria por idade.

Para o economista do Departamento de Assuntos Fiscais e Sociais do Ministério do Planejamento, Arnaldo Lima, com a reforma da Previdência, as vantagens para os trabalhadores que ganham menos seriam maiores.

TEC.SON: Arnaldo Lima, economista do DAFS do Ministério do Planejamento

“O que a gente propõe na reforma da Previdência é tratar os iguais de forma igual. Ou seja, hoje um pedreiro já se aposenta aos 65 anos de idade. O que a gente pretende fazer é com que o servidor público que ganhe 20 mil reais se aposente na mesma idade. Logicamente também vamos tratar os desiguais de acordo com suas especificidades. Ou seja, o trabalhador rural, por exemplo, terá um grande subsídio. Ele terá que contribuir com 50 reais por mês, que equivale em 15 anos a nove salários mínimos, sendo que ele vai receber mais de 234 salários mínimos. Continuamos protegendo nossos trabalhadores mais pobres, fazendo com que os trabalhadores que tenham renda maior trabalhem por mais tempo para compensar esse subsídio. Estamos fortalecendo esse pilar distributivo da Previdência.”

LOC.: A intenção da base governista é conseguir os votos necessários até 14 de junho. Caso não consiga, a votação deve ficar para depois do recesso parlamentar.

Reportagem, Jalila Arabi.

 

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