POLÍTICA: Delcídio decide fazer delação premiada e relaciona nomes de Lula e Dilma com corrupção na Petrobras

O acordo de delação do ex-líder do governo no senado, ainda não foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal, o STF

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REPÓRTER: A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram citados em delação premiada feita pelo ex-líder do governo no senado, senador Delcídio do Amaral, do PT do Mato Grosso do Sul. O acordo de delação feito pelo senador foi divulgado nesta quinta feira, pelo site da revista "Istoé". De acordo com a publicação, Delcídio do Amaral afirmou que o ex-presidente Lula tinha conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras e que a atual presidente Dilma Rousseff agiu para interferir nas investigações da Lava Jato. 
O ex-líder do governo no senado, afirmou que Lula foi o mandante do pagamento de dinheiro para tentar comprar o silêncio de testemunhas da Lava Jato. Já a presidente Dilma, segundo relato de Delcídio, agiu para manter na Petrobras os diretores comprometidos com o esquema de corrupção na estatal. O senador garante que Dilma teve participação efetiva na nomeação de Nestor Cerveró para a diretoria da BR Distribuidora. A presidente também teria nomeado para o Superior Tribunal de Justiça, o STJ um ministro que se comprometeu a votar pela soltura de empreiteiros já denunciados pela Lava Jato. Além disso, Delcídio do Amaral afirmou que a campanha presidencial de Dilma em 2010 foi feita através de uma das maiores operações de “caixa 2”, realizada através do empresário Adir Assad. O acordo de delação do ex-líder do governo no senado, ainda não foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal, o STF. O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo, é o responsável por decidir se vai homologar o acordo ou não. Caso a delação não seja reconhecida, o acordo perde a validade. Para homologar a delação, o ministro Teori Zavascki, vai verificar se o acordo cumpriu todas as normas previstas em lei. Delcídio do Amaral ficou 87 dias na cadeia, após ser flagrado pela Policia Federal, em novembro do ano passado, oferecendo fuga para o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, preso pela PF na operação Lava Jato. Até o fechamento desta matéria, o Palácio do Planalto e o Instituto Lula não se pronunciaram sobre a divulgação do acordo de delação premiada feita pelo senador Delcídio do Amaral.

Reportagem, João Paulo Machado

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