PARALISAÇÃO: Protesto de caminhoneiros bloqueia estradas de 7 estados, diz PRF

O movimento que reclama da alta na taxa de impostos e da elevação nos preços de combustíveis tem como principal reivindicação o pedido de renúncia da presidente Dilma Rousseff

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REPÓRTER: Caminhoneiros deram inicio na madrugada desta segunda-feira a uma serie de protestos em rodovias de pelo menos sete Estados. O movimento que reclama da alta na taxa de impostos e da elevação nos preços de combustíveis tem como principal reivindicação o pedido de renúncia da presidente Dilma Rousseff. Os protestos são organizados por motoristas autônomos desvinculados dos sindicatos. As paralisações começaram nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins. Em Minas Gerais, segundo a Polícia Rodoviária Federal, estão interditadas as rodovias BR 381, do quilômetro 359 ao 513, na altura do município de João Monlevade; a BR 262, no quilômetro 412, em Igaratinga; e a BR 040, no quilômetro 627, em Conselheiro Lafaiete. No Paraná, a paralisação acontece em pelo menos quatro estradas federais, em uma rodovia estadual e na cidade de Maringá. Em Santa Catarina, um trecho da rodovia estadual SC-486 está paralisado na altura do quilometro 21, na fronteira dos municípios de Itajaí e Brusque. Segundo o posto da polícia estadual, a extensão do trânsito é de dois quilômetros. A paralisação também acontece na BR-280, próximo ao quilometro 123, em Santo Bento do Sul. No Rio Grande do Norte, cerca de 100 caminhoneiros bloqueiam, desde as 6 horas da manhã, a BR-304, na altura do quilometro 51, próximo a cidade de Mossoró. Os manifestantes impedem apenas o trânsito de caminhões e liberam o tráfego de carros e ônibus. Em São Paulo, até o momento, não há registro de bloqueios realizados em rodovias do Estado. A manifestação, porém, acontece nas ruas da cidade de São Paulo. Por volta das 11 horas da manhã, os manifestantes bloqueavam a Marginal Tietê, próximo a ponte da Casa Verde. A polícia não informou quantos caminhoneiros protestavam no local. No Rio Grande do Sul, algumas manifestações ocorreram ainda durante a madrugada. Em Camaquã, houve queima de pneus, no quilometro 397 da BR-116. A Polícia Rodoviária Federal registrou apedrejamento de dois caminhões em Canguçu, no quilometro 140 da BR-392. As manifestações continuam em pelo menos duas estradas federais e em quatro estaduais. Em Colinas do Tocantins, caminhoneiros protestam desde a noite de domingo na BR-153. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a rodovia está totalmente bloqueada. O organizador do movimento, Ivar Luiz Schmidt reitera que os protestos pedem a saída da presidente Dilma Rousseff e avisa que as paralisações vão seguir por tempo indeterminado.
 
SONORA: Ivar Luiz Schmidt
 
“A pauta só tem uma reivindicação que é a renuncia da presidente Dilma Rousseff, pela falta de comprometimento com a categoria, uma vez que nós entregamos uma pauta no dia 4 de março de 2015 e até o momento já se passaram mais de 8 meses e essa pauta não foi atendida em nenhum item. Está todo mundo com toda determinação possível e a gente está disposto a esperar o tempo que for necessário para que isso aconteça.”
 
REPÓRTER: Os protestos não contam com o apoio da Confederação Nacional dos Transportes Autônomos, que afirmou, por meio de nota, que não concorda com a mobilização, já que a pauta não tem relação com os problemas específicos da categoria. A União Nacional dos Caminhoneiros também informou que discorda dos bloqueios.

 

Reportagem, João Paulo Machado

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