REPÓRTER: Hellen Rosy Soares Matos conseguiu na justiça o direito de receber do município de Paragominas, no sudeste do Pará, um leite especial para o filho de 1 ano e 11 meses que tem intolerância à lactose. A doença é a incapacidade parcial ou completa de digerir o açúcar existente no leite e seus derivados. Como consequência, a substância se acumula no intestino delgado e é fermentada por bactérias que provocam maior retenção de água e o aparecimento de diarreias e cólicas. No início do mês de janeiro, a Prefeitura de Paragominas concedeu à mãe da criança somente duas latas da alimentação especial. Familiares e vizinhos conseguiram comprar mais duas latas do leite, mas a criança precisa de oito latas de leite por mês. Cada lata custa em média 300 reais. O poder público municipal havia informado à mãe que o prazo para a regularização do fornecimento seria somente no fim do mês de fevereiro. A decisão da juíza da 1ª Vara Cível de Paragominas, Gisele Mendes Leite, determinou que a Prefeitura de Paragominas voltasse a conceder à criança, em um prazo de 48 horas, o leite Neo Advance. Caso a decisão judicial não seja cumprida, multa diária de dois mil reais.

Com informações da Defensoria Pública do Pará, reportagem Marcela Coelho