NATAÇÃO: Para Susana Ribeiro, medalha de prata, paralimpíada foi redenção

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REPÓRTER: A medalha de prata conquistada no revezamento misto 4 por 50 livre teve um sabor especial para a nadadora gaúcha Susana Ribeiro. Há 12 anos, a atleta convive a Atrofia de Múltiplos Sistemas, uma doença rara que deteriora diversos órgãos do corpo e afeta a mobilidade. Hoje com 48 anos de idade, Susana não acreditava que poderia chegar ao Rio de Janeiro em condições de disputar uma paralimpíada.


SONORA: Susana Ribeiro, nadadora paralímpica

“O meu caminho até aqui foi difícil. Passa um filme na cabeça da gente. Eu lembrei de tudo que aconteceu, toda a minha luta para estar aqui. Essa medalha tem um valor muito especial. A natação paralímpica é a minha vida. Quero agradecer muito a minha família, ao meu técnico, Felipe, que me ensinou a nadar de novo e me ajudou a chegar até aqui. Essa medalha é para eles”.

REPÓRTER: Nos últimos anos, a doença prejudicou severamente a coordenação motora de Susana. Ela conta que teve de se concentrar ao máximo para conseguir executar os movimentos de braçada e de perna da forma mais correta possível.

SONORA: Susana Ribeiro, nadadora paralímpica

“Tenho muita falta de coordenação motora. Então, tenho que pensar muito no que eu estou fazendo. Eu estava concentrada, não olhava para ninguém só para a piscina. Foi sensacional. O dia 9 de setembro de 2016 vai ser o dia mais especial da minha vida”.

REPÓRTER: Susana competiu na noite de sexta-feira, no Estádio Aquático do Parque Olímpico da Barra. Ela conquistou a medalha de prata nadando ao lado de Clodoaldo Silva, Daniel Dias e Joana Maria. Os atletas são beneficiados pelo programa Bolsa Pódio, do Ministério do Esporte. Antes da prova, o quarteto somava 30 medalhas paralímpicas.

Reportagem, Bruna Goularte. Colaborou João Paulo Machado, do Rio de Janeiro

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