
Mulheres ainda são minoria na política; PEC quer diminuir desigualdade
Hoje, apenas 51 mulheres ocupam as 513 vagas para deputados federais
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Hoje, apenas 51 mulheres ocupam as 513 vagas para deputados federais
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No Brasil, nós somos maioria: segundo dados do IBGE, o Brasil contabilizava, em 2015, 105 milhões de mulheres contra pouco mais de 98 milhões de homens. Na área de ciência e pesquisa, por exemplo, a participação do público feminino também é maior. Em 2015, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) mostrou que quase 60% das bolsas de iniciação científica foram para elas.
Mas na política, a realidade ainda é diferente. Mesmo representando 52% do total da população, o País ocupa apenas a posição de número 154 no ranking da ONU que mede a participação das mulheres no parlamento. Hoje, apenas 51 mulheres ocupam as mais de 500 vagas para deputados federais. Para se ter ideia, o estado de Mato Grosso não tem representante feminina na Câmara dos Deputados. São Paulo tem seis em um total de 70 vagas disponíveis para o estado.
Se as mulheres são maioria, então por que elas ainda não ocupam esse lugar dentro da política? O analista político Marcelo Moraes opina sobre o assunto.
“Acho que é uma junção de duas coisas: interesse, que começa a surgir cada vez mais não só na política, mas também no mundo profissional, e também é uma questão de oportunidade, é um mundo extremamente masculino o mundo da política. Isso cria até algumas animosidades para que as mulheres venham participar desse ambiente.”
A economista e deputada federal pelo Rio Grande do Sul Yeda Crusius (PSDB-RS) acredita que grandes decisões podem ser tomadas com as mulheres atuando no meio político.
“Quanto mais se caminhar para o aumento da participação da mulher em fóruns de decisão e elaboração de políticas que possam mudar a sociedade, quanto mais mulheres estiverem no caminho da igualdade entre os dois gêneros e os dois sexos, eu acho que melhor nós vamos ver a sociedade atuar.”
Existe uma proposta tramitando no Congresso Nacional que pretende diminuir essa desigualdade na política. A PEC 134, de 2015, quer reservar um percentual mínimo de representação feminina na Casa nas próximas três legislaturas. A proposta é destinar 10% das vagas já em 2018, 12% em 2022 e 16% em 2026. A expectativa é de que a PEC seja colocada em pauta ainda em setembro.
Reportagem, Jalila Arabi.
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