REPÓRTER: De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, CNJ, o Pará foi o terceiro estado do Brasil que mais concedeu medidas protetivas a mulheres ameaçadas. Em março, o Tribunal de Justiça do Pará e parceiros promoveram a 7ª etapa da campanha "Paz, Nossa Justa Causa". A aposentada Maria do Socorro, de 68 anos, foi uma das muitas mulheres que participaram deste momento e destaca a importância de campanhas dessa natureza.
SONORA: Aposentada Maria do Socorro.
“Que isso aqui se faça por muitos e muitos anos, que a gente seja reconhecida, que a gente seja cada vez mais amada”.
REPÓRTER: De acordo com a desembargadora coordenadora, Diracy Nunes Alves, o Judiciário continuará a organizar trabalhos que visam à conscientização, que tem papel fundamental no combate à violência contra a mulher.
SONORA: Desembargadora Diracy Nunes Alves.
“O que a gente está trabalhando na verdade é a conscientização, a gente está fazendo um trabalho saindo dos prédios, dos tribunais, dos fóruns pra ir até o cidadão. Eu acho que somente com a educação nós vamos extirpar da sociedade essa mancha que vem através dos séculos prolongando”.
REPÓRTER: O presidente do Tribunal de Justiça do Pará, desembargador Ricardo Ferreira Nunes, ressalta a importância desta ação do judiciário paraense.
SONORA: Desembargador presidente do TJPA, Ricardo Nunes.
“É uma ação que ela deve ser revigorada cada vez mais, este papel de proteger a mulher, não só a mulher, mas o idoso, como a criança, mais pontualmente nesse caso em relação a mulher, quero dar meus parabéns, portanto, à desembargadora Diracy Nunes Alves que está na frente desse projeto, o Pará está de parabéns, porque foi o terceiro estado que mais concedeu medidas protetivas”.
REPÓRTER: O presidente do Poder Judiciário do Pará, desembargador Ricardo Ferreira Nunes, faz um alerta aos homens em geral para que não usem de violência contra as mulheres.
SONORA: Desembargador presidente do TJPA, Ricardo Nunes.
“Qualquer tipo de violência, a violência verbal às vezes dói mais que a violência física, a gente tem que ter esse autodomínio, seja o homem em qualquer situação, do mais letrado ao menos letrado, deve pensar duas, três vezes que a mulher deve ser tratada diferentemente, que ele não agrida. Essa é a mensagem que o Poder Judiciário deve ter, que ele reflita. O homem deve pensar muito nesse seu papel, deve ser apenas e tão somente o condutor da vida das pessoas, o condutor da paz, o condutor do amor, e não o condutor da violência, seja ela física, seja ela verbal, que ele pense muito nisso”.
REPÓRTER: Mais de 1.400 feitos relacionados à violência contra a mulher em todo o Pará foram movimentados durante a sétima etapa da campanha “Justiça Pela Paz em Casa”, que ocorreu no Fórum Criminal de Belém. O Poder Judiciário continuará com ações e projetos que visam ao combate a qualquer tipo de violência contra a mulher.
Reportagem, Storni Jr.