JUSTIÇA: Fazendeiro paraense condenado a 91 anos de prisão por trabalho escravo

O fazendeiro Lindomar Resende Soares foi condenado pela Justiça Federal a 91 anos de prisão em regime fechado pelo crime de reduzir alguém a condição análoga à de escravidão. 

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REPÓRTER:  O fazendeiro Lindomar Resende Soares foi condenado pela Justiça Federal a 91 anos de prisão em regime fechado pelo crime de reduzir alguém a condição análoga à de escravidão, crime previsto no artigo 149 do Código Penal brasileiro. Em 2005, o Ministério do Trabalho fez fiscalização na Fazenda Santa Luzia, em Ulianópolis, sul do Pará e libertou trinta e uma  pessoas mantidas em condições degradantes, além de duas crianças que também eram obrigadas a trabalhar. O fazendeiro é filho de Davi Resende, que era um dos maiores pecuaristas da região Norte, prefeito de Ulianópolis, morto ano passado em naufrágio no rio Xingu. Lindomar Resende Soares tem direito a recorrer e poderá fazê-lo em liberdade. O Ministério Público Federal, que denunciou o fazendeiro à Justiça, comprovou que os trabalhadores ficavam alojados em barracos de lona, com piso de terra batida, sem instalações sanitárias, sem acesso a água potável, consumindo comida estragada, sem nenhum equipamento de proteção para o trabalho na terra e com salários extremamente baixos.  Em depoimento à Justiça Federal, o fazendeiro confirmou a situação dos trabalhadores, mas afirmou que a responsabilidade era do capataz contratado para trazer os funcionários para a fazenda. As duas crianças encontradas na propriedade ajudavam a preparar a comida dos trabalhadores. Além da sentença de prisão em regime fechado, o juiz aplicou multa de duzentos e oitenta e três mil reais ao fazendeiro.
 

Com informações do MPF, reportagem, Storni Jr. 

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