GREVE GERAL: Bloquear ruas e avenidas é tentativa de criar pânico, diz cientista político

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LOC.: A sexta-feira foi de transtorno para quem queria ir de casa para o trabalho em diversas cidades brasileiras. Por conta da chamada greve geral, convocada por centrais sindicais contra as reformas trabalhista e da Previdência, que estão em discussão no Congresso Nacional, manifestantes bloquearam avenidas, ruas e rodovias que dão acesso a pontos importantes de capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.

Para o sociólogo e cientista político, Antônio Flávio Testa, essas ações, que bloqueiam o direito de ir e vir do cidadão tornam a imagem do movimento negativa perante a sociedade.

TEC./SONORA:
Antônio Flávio Testa, Cientista Político

“Tentar bloquear vias, tentar proibir que as pessoas peguem ônibus, aviões. Isso é uma coisa que já está comprovada, a população fica com muita resistência a esses movimentos e não dá credibilidade. É a ação de vândalos, dos Black Blocs. Isso não é uma manifestação democrática, isso é uma ação de vândalos com interesse mais de criar pânico, criar o caos e induzir a repressão.”

LOC.:
Entre os setores que aderiram à greve estão trabalhadores do transporte público, bancários, funcionários públicos e professores das redes públicas e privada, entre outros.

A greve geral também é apoiada por partidos e parlamentares de oposição ao governo Temer, que segundo Antônio Flávio Testa, querem fazer barulho para preservar as próprias imagens.

TEC./SONORA:
Antônio Flávio Testa, Cientista Político

“Os parlamentares que estão convocando para essa greve, a sua maioria são pessoas envolvidas com a Lava Jato, mesmo estando na oposição. São pessoas que já não tem uma boa imagem com a população, são pessoas que já não tem uma boa imagem com a população. São pessoas que já não tem credibilidade. E essa argumentação que eles estão colocando é muito mais para preservar a si próprio e aos seus colegas. Não é uma manifestação nesse aspecto legitima.”

LOC.:
A greve que acontece em todos os estados brasileiros mais o Distrito Federal é organizada por dez centrais sindicais, sendo elas CUT, CTB, Intersindical, CSP-Conlutas, UGT, Força Sindical, Nova Central, CSB e CGTB.

Reportagem, João Paulo Machado
 

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