ESPORTE: Laboratório de controle de Dopagem Brasileiro será um dos legados dos jogos Rio2016

Expectativa é de 10 mil análises durante os jogos

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REPÓRTER: Mais do que qualidade de vida, saúde e boa forma física, um dos principais benefícios do esporte para a vida de uma pessoa são os valores ensinados. Respeito, disciplina, dedicação e honestidade. Atletas de alto rendimento vivem em função do desempenho, e na busca por resultados cada vez melhores, alguns podem esquecer uma das importantes lições do esporte. O uso de substâncias que podem interferir no desempenho de um atleta não é novidade. Casos como a da nadadora brasileira Rebeca Gusmão, do ciclista americano Lance Armstrong ou do velocista canadense Ben Johnson retratam essa busca pela vitória a qualquer custo. Para inibir ações desse tipo, o Ministério do Esporte em conjunto com o Ministério da Educação investiram mais de 151 milhões reais para obras e projetos do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem. Mais de 74 milhões, também frutos da parceria, foram destinados para a compra de novos equipamentos, materiais, insumos, mobiliário e operação. Outra quantia, de quase 43 milhões e meio de reais foi destinado exclusivamente para os jogos. A estrutura de ponta trouxe para o Laboratório o recredenciamento pela Agência Mundial Antidopagem, o segundo da América Latina. Para o Secretário Nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem , Marco Aurélio Klein, a estrutura é um dos maiores legados dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
 
SONORA: Marco Aurélio Klein, Secretário da ABCD
 
“É certamente um dos mais palpáveis legados dos Jogos Olímpicos e Paralimpicos, porque ele é um legado de estrutura, ele é um legado de equipamentos. Mas eu gosto sempre de destacar que parte muito importante, fundamental mesmo nisso, é a qualificação profissional em todos os níveis”.
 
REPÓRTER: A sede da estrutura fica na Universidade Federal do Rio de Janeiro, e pertence ao Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico. O laboratório já está sendo utilizado pela Confederação Brasileira de Futebol, a CBF, no Campeonato Brasileiro deste ano. A parceria entre a instituição e a confederação foi firmada no dia 29 de abril. Parao diretor do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, Francisco Radler, o laboratório está preparado à altura das exigências do Comitê Olímpico Internacional e a Agência Mundial Antidopagem.
 
SONORA: Francisco Radler, coordenador do LADETEC e diretor do LBCD
 
Temos hoje um laboratório que está perfeitamente capacitado para atender as aspirações do Comitê Olímpico Internacional (COI) e da Agência Mundial Antidopagem (Wada) com relação as analises de controle de dopagem da importância que teremos aqui nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016”.
 
 
REPÓRTER: Além do preparo estrutural, a união entre os brasileiros será um ponto de destaque nas Olimpíadas, de acordo com o ministro do Esporte, Leonardo Picciani.
 
SONORA: Leonardo Picciani – ministro do Esporte
 
É fundamental a participação de todos os brasileiros, em cada canto do país, em cada uma das nossas regiões. Dando essa força criando esse sentimento, que é o sentimento que o espírito olímpico deve criar, de paz, amor e congraçamento”.
 
REPÓRTER: Aproximadamente cinco mil amostras de urina e sangue dos atletas serão analisados pelo laboratório durante os Jogos Olímpicos. Para as Paraolimpíadas, aproximadamente mil e duzentas amostras vão ser testadas. Durante todo o período dos eventos, a estimativa é que dez mil análises sejam feitas.

 

Reportagem, Raphael Costa

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