ESPÍRITO SANTO: Economia pode pagar preço da não aprovação de reformas, diz cientista político

Reformas Trabalhista e Previdenciária estão paradas no Congresso Nacional, por conta de instabilidade política. 

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem

LOC.: A paralisação do trâmite das reformas Trabalhista e da Previdência no Congresso Nacional pode trazer grandes prejuízos para a economia do Brasil. Essa é a avaliação do cientista político Leonardo Barreto. De acordo com ele, o aumento do dólar e a queda da bolsa de valores – que seguiram a delação premiada dos executivos da JBS Friboi – são um alerta para a economia brasileira.
 
TEC./SONORA: Leonardo Barreto, cientista político
 
“Quando você olha o desempenho da bolsa, a alta do dólar, na verdade, você está vendo a economia dando um recado para o Brasil, dizendo assim: ‘se vocês não mantiverem o caminho das reformas, eu vou cobrar um preço altíssimo de vocês’. E o preço é o que? O aprofundamento da miséria, do desemprego, a quebra de empresas”.
 
LOC.: O Espírito Santo pode ser um dos estados afetados pela paralisação do trâmite das Reformas. Depois de passar o mês de março com mais pessoas demitidas do que contratadas, em abril, o Espírito Santo finalmente registrou mais postos de trabalho abertos, do que fechados. As informações são do Ministério do Trabalho e mostram que, no mês passado, o estado teve um saldo positivo 3.500 vagas de emprego. Para o deputado Evair Vieira Melo (PV-ES), a aprovação da Reforma Trabalhista é fundamental para que a recuperação do mercado capixaba.
 
TEC./SONORA: Evair Vieira Melo, deputado Federal (PV-ES).
 
“Precisamos criar ambientes no setor de negócios para que os investidores possam aportar capitais nesses investimentos, criando novos empregos e gerando novos produtos. Isso vai criar oportunidades para o capixaba especificamente, que vai ter mais emprego.  Na conseqüência disso, vamos ter também uma tributação maior. O estado vai poder arrecadar mais e devolver em política pública”.
 
LOC.: O texto da reforma Trabalhista foi aprovado na Câmara dos Deputados no final de abril e aguardava análise do Senado Federal. Com a delação dos irmãos da JBS Friboi, o relator do projeto na Casa, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), resolveu suspender a tramitação da matéria, por considerar que o momento “não é adequado para discutir o assunto”. Em relação à reforma da Previdência, o deputado relator da matéria, Arthur Maia (PPS-BA) disse, em nota, que não há como avançar nas atuais circunstâncias.
 

 

Reportagem, Bruna Goularte

Receba nossos conteúdos em primeira mão.