EDUCAÇÃO: Reforma do Ensino Médio aprovada pelo Senado é positiva, mas tem defeitos, diz especialista

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem

REPÓRTER: Aprovada na terça-feira (8) pelo plenário do Senado Federal, a Medida Provisória que trata da Reforma do Ensino Médio será sancionada pelo presidente Michel Temer, nos próximos dias. O texto não sofreu alterações em relação ao aprovado pela Câmara dos Deputados. Na votação feita pelo Senado, 43 parlamentares foram a favor da medida, outros 13 se opuseram.
Entre as alterações que vão ser realizados no Ensino Médio está a ampliação da jornada escolar das atuais quatro horas obrigatórias por dia para sete horas, progressivamente. Quanto ao currículo, o texto determina que 60% da carga horária seja ocupada por conteúdos comuns da Base Nacional Comum Curricular, que está em elaboração. Os outros 40% vão ser escolhidos conforme interesse do aluno. A medida diminui o número de disciplinas obrigatórias, focando o ensino em quatro áreas do conhecimento, sendo elas: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.
O presidente da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, professor Roberto Dornas, diz que o projeto é bom, mas lamenta que a proposta tenha sido aprovada sem algumas alterações.

SONORA:
Roberto Dornas, presidente da Confenen
“O projeto que no geral é bom, vai ficar com alguns defeitos. A educação geral deve ter um máximo de setenta por cento de carga, ora isso significa que pode ser zero, um, dois, três, dez, qualquer um. E cada estado, cada escola, cada município vai adotar qual? E outra é a utopia de pretender que toda escola vai poder administrar sete horas de aula por dia ao que se acrescenta tempo para alimentação e tempo para deslocamento do aluno.”

REPÓRTER:
A medida aprovada pelo senado também definiu que profissionais graduados sem licenciatura poderão dar aulas desde que realizem uma complementação pedagógica.

Reportagem, João Paul Machado

Receba nossos conteúdos em primeira mão.