EDUCAÇÃO: Projeto na Câmara pretende alterar carga horária de conteúdos e ensino integral, no Ensino Médio

A Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen) se posiciona sobre alguns pontos da reforma do Ensino Médio brasileiro e sugere melhorias.  

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LOC.: A Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, a Confenen, entidade que representa as escolas particulares brasileiras, apresentou dois projetos na Câmara dos Deputados com a intenção de corrigir trechos da Reforma do Ensino Médio referentes à carga horária de conteúdos e ao ensino integral.
 
A reforma aprovada no inicio deste ano determina, entre outras coisas, que no máximo 60 por cento da carga horária escolar seja ocupada por conteúdos comuns da Base Nacional Comum Curricular. No entanto, de acordo com a Confenen, a redação da Lei deveria ter estabelecido que número de horas do ensino Médio não fosse inferior a 60 por cento, e não que o teto seja de 60 por cento, como explica o diretor executivo da Confenen, João Luiz Cesarino.

TEC./SONORA: 
João Luiz Cesárino, diretor executivo da Confenen

“Então a Confenen está propondo, justamente, corrigir esse defeito de redação, onde pretendemos que a carga horária destinada ao cumprimento da Base Nacional Comum Curricular não seja inferior a 60 por cento do número total de horas do Ensino Médio.”

LOC.:
 Além disso, foi determinada a ampliação da jornada escolar das atuais quatro horas obrigatórias por dia para sete horas, progressivamente. Essa alteração não contou com o apoio da Confenen, entidade que representa as escolas particulares. O presidente da confederação, Roberto Dornas, acredita que o ensino integral pode afetar diretamente o ensino público no Brasil, que não conseguirá atender à demanda de alunos.

SONORA:
 Roberto Dornas, presidente da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino

“Não adianta pretender estudo integral, ou pretender mil e 400 horas/ano, no ensino médio, uma vez que a escola pública não terá condição de dobrar, porque dobra o custo. Não terá condições de dobrar o custo. Escolas estaduais, escolas municipais, se tentarem atender, vão diminuir o número de alunos atingidos. Por uma coisa muito simples: se ela pode funcionar em dois ou três turnos, ela passa a funcionar em um só”.
 

 

LOC.: Entre as alterações que contaram com o apoio da Confenen está a diminuição do número de disciplinas obrigatórias, focando o ensino em quatro áreas do conhecimento, sendo elas: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.
 
Com a colaboração de João Paulo Machado, reportagem, Bruna Goularte

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