EDUCAÇÃO: Impeachment pode atrasar implantação do novo currículo do Ensino Básico, acredita Confenen

 

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REPÓRTER: Com o país parado aguardando o final do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff, áreas essenciais do governo podem sofrer mudanças e muitos projetos que estão em implantação ter atrasos. Na Educação, por exemplo, as escolas públicas e particulares estão em fase de reformulação dos currículos escolares prevista na nova Base Nacional Comum Curricular do Ensino Básico. Entre as mudanças propostas pelo governo está a padronização de 60 por cento do conteúdo da educação básica. Ou seja, as escolas públicas e particulares de todo o país vão ter que ensinar o mesmo conteúdo das áreas de linguagem, matemática e ciências humanas. Os outros 40 por cento restantes do currículo vão ser preenchidos com disciplinas que valorizem a regionalidade de cada estado e município. O presidente da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, Roberto Dornas, lembra que a nova Base Nacional Comum Curricular do Ensino Básico é uma medida do governo da presidente Dilma. Ele acredita que com o processo de impeachment, o novo currículo das escolas deve sofrer paralisação ou mesmo deixar de ser implantado.
 
SONORA: presidente da Confenen, Roberto Dornas
 
“O currículo nacional comum é um programa de governo. Não é um programa de Estado e a verdade é que se tem um governo enfraquecido, distraído com a atenção colocada apenas na sua manutenção de qualquer forma. Então, não haverá tempo para implantação da base curricular nacional, que infelizmente, ela altera, e muito, a questão de valores, padrões e cultura do país”.
 
REPÓRTER: Para as escolas particulares, a quantidade de matérias exigidas no currículo proposto pelo governo é grande e, sem preocupação com a formação do aluno. Para o presidente da Câmara de Educação Básica da Confenen, Samuel Lara, o novo currículo da educação brasileira deve ter menos matérias para impulsionar o aluno a aprender de fato e não apenas se preparar para passar em vestibular. 
 
SONORA: presidente da Câmara de Educação Básica, da Confenen, Samuel Lara
 
“A possibilidade de redução no número de disciplinas e que os conteúdos estivessem focados com maior objetividade para formação do aluno e não pensando na sua avaliação. O aluno termina o ensino médio sendo avaliado como se ele já tivesse que ter um conhecimento necessário ao ensino superior. Em verdade, ele estudou a base para ele entrar no ensino superior.”
 
REPÓRTER: A nova Base Nacional Comum Curricular do Ensino Básico trabalha temas como sustentabilidade, tecnologia, educação financeira e questões dos direitos humanos. Porém, a Confenen pede que outros conceitos, como ética, valores e cultura, também sejam discutidos de forma ampla nas escolas. Para saber mais, acesse na internet o endereço www.portal.mec.gov.br.
 

 

Reportagem, Cristiano Carlos 

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