EDUCAÇÃO: Ensino médio integral é inviável para escolas públicas, diz especialista

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REPÓRTER: Tramitando em regime de urgência, a Medida Provisória que reformula o Ensino Médio deve abrir as atividades do Senado Federal, logo na segunda semana de fevereiro. O projeto tem até o dia 2 de março para ser aprovado, caso contrário, perde a validade.
A proposta que pretende ampliar a jornada escolar e diminuir o número de disciplinas obrigatórias é alvo de criticas e elogios de diversas entidades educacionais. Entre os pontos questionados está o aumento progressivo da carga horária para mil e 400 horas anuais até se tornar integral. O presidente da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, Roberto Dornas, acredita que a decisão pode afetar diretamente o ensino público no Brasil, que não conseguirá atender à demanda de alunos.

SONORA:
 Roberto Dornas, presidente da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino
“Não adianta pretender estudo integral, ou pretender mil e 400 horas/ano, no ensino médio, uma vez que a escola pública não terá condição de dobrar, porque dobra o custo. Não terá condições de dobrar o custo. Escolas estaduais, escolas municipais, se tentarem atender, vão diminuir o número de alunos atingidos. Por uma coisa muito simples: se ela pode funcionar em dois ou três turnos, ela passa a funcionar em um só”.

REPÓRTER:
 De acordo com o texto que será debatido no senado o Ensino Médio terá como foco quatro áreas do conhecimento, sendo elas: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.


Reportagem, João Paulo Machado

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