EDUCAÇÃO: Discussão da Base Nacional Comum Curricular acontece nesta semana em SC

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REPÓRTER: Professores e especialistas em educação discutem nesta semana o conteúdo da Base Nacional Comum Curricular, a BNCC, em Santa Catarina. O seminário, que vai acontecer nos dias 19 e 20 de julho, tem o objetivo de reunir as opiniões de especialistas de diversos segmentos sobre o texto da Base. A BNCC é o documento que definirá os conteúdos mínimos a serem ensinados a todos os alunos da educação básica brasileira.
 
Depois que os especialistas propuserem mudanças, cortes ou acréscimos ao texto, as informações coletadas em Santa Catarina vão ser sistematizadas em um documento único. Quem recebe o texto do estado, até o dia 5 de agosto, é o Conselho nacional de Secretários de Educação, Consed, e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Undime. 
 
Juliana Siqueira é coordenadora da BNCC em Santa Catarina e também é membro do comitê gestor nacional da Base. Ela explica que os seminários são fundamentais para que os professores contribuam com a formação do currículo.
 
SONORA: Juliana Siqueira, coordenadora da BNCC em SC e membro do comitê gestor nacional da BNCC
“A base está sendo organizada para assegurar direitos e aprendizagens. E visam que toda a escola, todo estudante, toda criança na escola ou educação infantil acesse a saberes e a possibilidades de desenvolvimento. Por isso é importante que os estados dêem a sua contribuição, especialmente os professores que atuam diretamente com essas crianças e estudantes”.
 
REPÓRTER: As primeiras versões da Base Nacional Comum Curricular não foram consenso entre acadêmicos, educadores e especialistas na área. O volume de conteúdo, por exemplo, ainda é motivo de críticas. A segunda versão da BNCC tem mais de 600 páginas, o dobro da primeira. Na avaliação do presidente da Câmara de Educação Básica da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, Samuel Lara, a BNCC deveria ser mais enxuta e propor apenas aquilo que é básico para a educação.
 
SONORA: presidente da Câmara de Educação Básica, da Confenen, Samuel Lara
 “A possibilidade de redução no número de disciplinas e que os conteúdos estivessem focados com maior objetividade para formação do aluno e não pensando na sua avaliação. O aluno termina o ensino médio sendo avaliado como se ele já tivesse que ter um conhecimento necessário ao ensino superior. Na verdade, ele estudou a base para ele entrar no ensino superior.”
 
REPÓRTER: Depois dos seminários que acontecem em todos os estados, a previsão é a de que o Consed, e a Undime desenvolvam um relatório único, que deve ser entregue até o fim de agosto ao Ministério da Educação.
 
Reportagem, Bruna Goularte

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