EDUCAÇÃO: Confenen apoia projeto Escola sem Partido

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REPÓRTER: Em discussão no Congresso Nacional, o projeto de Lei Escola sem Partido que prevê neutralidade política do Estado sobre a educação fornecida a estudantes, tem gerado debates entre pais, professores, e entidades educacionais. A Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, a Confenen, entidade que representa as escolas particulares, apoia a medida. De acordo com o diretor executivo da entidade, João Luiz Cesarino, os professores não podem se aproveitar da audiência cativa dos alunos, para promover os seus próprios interesses políticos, religiosos e ideológicos.

SONORA:
João Luiz Cesarino, diretor executivo da Confenen

“A família é quem primeiro educa, é quem mostra o certo e o errado. A escola é que vai complementar essa educação no sentido da transmissão de cada disciplina da base nacional, internacional. Esteja eu aqui, esteja eu no Japão, esteja eu nos Estados Unidos, eu vou aprender da mesma forma o que é química, o que é física, o que é biologia, o que é matemática o que é português. E os temas, crença religiosa, ideologia, política, isso é discutido no seio da família, isso vem de geração após geração.”

REPÓRTER:
Apoiador do projeto, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, afirma que o Escola sem Partido tem a intenção de tornar o ensino neutro, sem tendências ideológicas para nenhum lado.

SONORA:
Eduardo Bolsonaro, Deputado Federal

“A sala de aula não é o local para discutir determinados temas políticos. Ele pode até discutir, mas desde que abra o leque de opções. Não pode o professor, por exemplo, falar da história e falar que você tem que ser Menchevique e Bolchevique, ele tem que falar de liberalismo (econômico) também, se ele tocar nesse assunto. Por que não? Então, o que nós queremos é estender o debate. A gente não quer nem direita, nem esquerda, a gente quer uma escola neutra. Somente a neutralidade vai trazer essa harmonia que nós queremos na sociedade.”

REPÓRTER:
A proposta do Escola sem Partido é de queseja afixado na parede das salas de aula de todas as escolas do país um cartaz, onde estarão escritos os deveres do professor, como, por exemplo, não constranger os alunos em razão de convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas, ou da falta delas. 

O projeto de Lei Escola Sem Partido está sendo analisado por uma comissão especial da Câmara dos Deputados. Em caráter conclusivo, a medida será analisada pelas comissões de Educação; e de Constituição, Justiça e de Cidadania. Além disso, outro projeto com o mesmo teor, de autoria do senador Magno Malta (PR-ES) está em tramitação no Senado Federal.

Reportagem, João Paulo Machado

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