Data de publicação: 23 de Agosto de 2016, 14:24h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
REPÓRTER: A Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, Confenen, entregou nesta terça-feira (23) ao ministro da Educação, Mendonça Filho, um documento com propostas de mudanças para o currículo escolar do país. A principal crítica da Confenen foi à Base Nacional Comum Curricular, a BNCC, que está sendo formulada pelo Ministério da Educação. A BNCC vai definir quais são os conteúdos mínimos que devem ser estudados por todos os alunos da educação básica brasileira. Na avaliação de João Luiz Cesarino, um dos diretores da Confenen, a BNCC traz conteúdos em excesso, o que impede que os alunos se aprofundem em temas essenciais para o desenvolvimento escolar.
SONORA: João Luiz Cesarino, diretor da Confenen
“Se nós formos verificar hoje, por exemplo, o número de cadeiras que temos no ensino médio. O aluno tem uma noção de muitas coisas, mas só uma noção, ele não tem profundidade. O aluno tem uma noção geral de todas essas matérias, mas ele não tem sequer o tempo necessário para poder aprofundá-las. Então, ele sabe um pouco de tudo, mas não sabe, não tem nenhuma profundidade sobre matérias fundamentais, como a língua materna”.
REPÓRTER: Em julho e agosto, a Base Nacional Comum Curricular foi tema de seminários estaduais realizados em todo o país. Agora, o Conselho Nacional de Secretários de Educação, Consed, e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Undime, têm até o final de agosto para apresentar ao Ministério da Educação um relatório consolidado com todas as contribuições dos estados.
Reportagem, Bruna Goularte
