Data de publicação: 31 de Janeiro de 2017, 15:45h, atualizado em 17 de Julho de 2020, 18:31h
REPÓRTER: A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, a Operação Vórtex, um desdobramento da Operação Turbulência, que investiga a propriedade do avião que transportava o ex-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos. Em agosto de 2014, a aeronave caiu em um bairro de Santos, matando Campos e mais seis pessoas. De acordo com o Superintendente da Polícia Federal de Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro, a investigação teve início a partir da análise de movimentações financeiras das contas de empresas envolvidas na aquisição do avião.
TEC./SONORA: Superintendente da Polícia Federal de Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro (0:29)
“Durante a investigação, dentro da Operação Turbulência, foi detectada uma transferência do valor de R$ 159.970,00, que a empresa investigada na primeira fase da Operação Turbulência teria feito para comprar a aeronave do ex-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos. Então a empresa chamada Câmara e Vasconcelos, que teria transferido este mesmo valor para a compra da aeronave. E, dois dias antes, teria recebido este mesmo valor, da empresa investigada na Operação de agora, Vórtex”.
REPÓRTER: A partir disto, a Polícia Federal instalou outro inquérito para investigar a participação desta empresa em outros eventos, inclusive no fornecimento de doações e a atuação dela em contratos públicos do governo de Pernambuco com repasse de verba pública federal. Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e quatro de condução coercitiva, todos em Recife. Segundo o Superintendente da Polícia Federal do Estado, Marcello Diniz Cordeiro, os materiais serão analisados para verificar se houve lavagem de dinheiro e outros crimes.
TEC./SONORA: Superintendente da Polícia Federal de Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro (0:15)
“O que interessa para nós também são as mídias, os documentos, os recibos de transferência e tudo aquilo que está sendo objeto do mandado de busca e apreensão, além de outras informações que nós também estamos coletando em campo pode demostrar outros crimes, principalmente de lavagem de dinheiro”.
REPÓRTER: A investigação ainda está em curso, mas ainda podem surgir outros crimes, como por exemplo, corrupção, desvio de verba pública federal e outros. O que chama a atenção da Polícia Federal é que ao longo dos últimos anos, as doações para as campanhas políticas, aumentaram significativamente, como explica, Marcello Diniz Cordeiro.
TEC./SONORA: Superintendente da Polícia Federal de Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro (0:15)
“No momento o que causa estranheza foi que esta empresa teve uma evolução de doações em campanhas eleitorais ... Em 2006 ela doou algo em torno de R$30 mil e em 2014 isto alcançou o valor aproximado de R$3,8 milhões”.
REPÓRTER: A pena para quem comete o crime de lavagem de dinheiro é de três a dez anos de reclusão. Mas, outros crimes podem vir a tona após as investigações e isto vai depender da análise do que foi aprendido. O nome da operação se chama Vórtex em referência ao jargão usado na aeronáutica que faz alusão ao movimento de massas de ar em formato de redemoinho ou ciclone.
Reportagem, Cintia Moreira
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