Data de publicação: 31 de Março de 2022, 03:56h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:34h
A Canada Rare Earth Corporation (CREC), empresa listada na bolsa de Vancouver, pretende implantar um projeto para processamento de 70 milhões de toneladas métricas de rejeito acumulado no garimpo de Bom Futuro, em Rondônia, contendo elementos de terras raras, cassiterita, zircônio e ilmenita. Além disso, a companhia deve explorar uma área de 9.960 hectares onde estão localizadas as pilhas de rejeito e pensa em adquirir e desenvolver outras áreas na vizinhança.
O anúncio foi feito pelo COO da CREC, Peter Shearing, que fez uma apresentação dos planos da empresa para o governo de Rondônia. O investimento a ser feito é estimado em R$ 1,5 bilhão e o empreendimento deve gerar 300 empregos diretos e 4,5 mil indiretos.
Localizado em Ariquemes, cerca de 200 km ao sul de Porto Velho, capital do estado, Bom Futuro é considerado o maior garimpo a céu aberto do mundo. A área foi descoberta em 1987 e a partir de então começou uma corrida à lavra da cassiterita, minério de estanho. Nos primeiros anos de atividade, a área chegou a concentrar mais de 15 mil garimpeiros. Posteriormente a área foi assumida pela Ebesa (empresa criada pela Paranapanema, Cesbra e Oriente Novo). Em 1998, a escassez do minério e a crise no preço do estanho, que chegou a US$ 5 mil a tonelada (hoje na LME está acima de US$ 40 mil/t), as empresas desistiram do negócio e a área foi assumida por uma cooperativa, a Coopersanta, que detém os direitos de exploração na área.
Com projetos na América do Norte, Caribe, América do Sul, África e sudeste da Ásia, a CREC está desenvolvendo um negócio integrado com a indústria global de terras raras, através de uma cadeia de suprimento que conecta operações de mineração com processos de concentração para separação das terras raras, instalações de refino e principais clientes internacionais.