RIO 2016: Com estrutura de ponta, Velódromo Olímpico deve fomentar ciclismo e mais 4 modalidades

Taekwondo, Boxe e levantamento de peso também serão beneficiados

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem

REPÓRTER: Legado. De acordo com o dicionário, a palavra tem pelo menos três significados. Um deles diz: “que é transmitido às gerações que se seguem”. No caso dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, a palavra tem exatamente essa definição. Com estruturas de ponta, com padrão de qualidade altíssimo, alguns dos locais de provas vão servir como centros de treinamento. Uma herança que o evento deixa aos futuros esportistas do país. Um exemplo é o velódromo do Rio de Janeiro. O local já está com aproximadamente noventa por cento das obras concluídas, segundo comitê organizador dos Jogos Olímpicos, e deve ser entregue até o início de agosto. Desenvolvido para sediar as provas de ciclismo de pista, o espaço tem estrutura exemplar para o crescimento da modalidade.
 Localizado na Barra da Tijuca, o velódromo vai ter capacidade para abrigar cinco mil espectadores. Além do tamanho, a qualidade dos produtos usados na montagem fazem a diferença. Para o piso da pista, lâminas de madeira da Sibéria foram importadas. O material, de acordo com o comitê organizador, é ideal para a prática dessa modalidade, da qual os atletas podem chegar a uma velocidade de até cinquenta quilômetros por hora. Além disso, a pista é mais uma obra do alemão Ralf Schurmann, responsável pela montagem de sete pistas de velódromos olímpicos e de outras 22, em mundiais da categoria.
 Alvimânio Silva, de 33 anos, é apaixonado pelo esporte. Mas a falta de locais fechados, mais adequados para treino, na capital fluminense, o fez mudar de modalidade. O ciclista carioca espera que o equipamento possa resolver a carência na cidade.
 
 
 
SONORA: Alvimânio Silva – ciclista
 
“(A principal dificuldade) São as condições do tempo. Você sabe que o tempo aqui não é certo, às vezes chove. Tendo uma estrutura coberta o treino tem continuação, não precisa quebrar o treino por causa de chuva e tudo isso.”
 
 
 
 
REPÓRTER: Para o presidente da Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Santos, manter o velódromo olímpico é garantir o futuro do ciclismo de pista brasileiro.
 
 
 
SONORA:  Cláudio Santos – presidente da Federação de Ciclismo
 
“É muito. Não dá nem para medir o que o ciclismo vai ganhar. Manter esse velódromo aqui é ter a certeza que nos próximos 50 anos nós teremos qualidade no ciclismo de pista, que o Brasil nunca conseguiu nenhuma medalha. Eu acho que esse velódromo é o maior legado que a Olímpiada vai deixar para um esporte que não têm nada.”
 
 
 
 
REPÓRTER: E atletas de outras modalidades vão ser beneficiados com o novo velódromo. Segundo a Empresa Olímpica Municipal, o centro da pista vai receber, após os Jogos Olímpicos, equipamentos para os treinos de taekwondo, esgrima, boxe e levantamento de peso. Com o espaço, a estimativa é de que 740 alunos ligados à projetos sociais sejam beneficiados. O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, comenta o que espera dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
 
 
 
SONORA: Leonardo Picciani – ministro
 
“É fundamental a participação de todos os brasileiros, em cada canto do país, em cada uma das nossa regiões. Dando essa força criando no país esse sentimento, que é o sentimento que o espírito olímpico deve criar, de paz, amor e congraçamento”
 
 
 
REPÓRTER: Para a obra do velódromo foram investidos em torno de 140 milhões de reais.
 
 
Reportagem, Raphael Costa

Receba nossos conteúdos em primeira mão.