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Por Camila Costa
Estudo da Fotografia por meio da Arte, História e Matemática, na Perspectiva do Conhecimento Interdisciplinar. O nome do projeto desenvolvido por três professores e suas respectivas turmas da unidade SESI Roraima pode ser grande, parecer complexo, mas nada mais é do que um mergulho na fotografia, nos seus conceitos e uma forma de incentivar os alunos a colocar para fora os sentimentos e as impressões do mundo, por meio de imagens. O projeto aliou ainda conhecimentos de arte, história e matemática; e foi um dos destaques do 3º Encontro Nacional do Sistema Estruturado de Ensino da Rede SESI, que reuniu representantes dos Departamentos Regionais de todo o país.
Alícia Raquel Zatti, Cleudimar Araújo Conceição e Alexsson Pereira Lucena se uniram e uniram suas disciplinas para levar os alunos a uma viagem sobre a fotografia. Alícia, professora de artes, trouxe o lado mais subjetivo, mais sensível, o lado dos sentimentos, da emoção e da estética por trás da fotografia. Cleudimar juntou a esses conceitos noções de geometria, ângulo; e Alexsson, professor de história, encorpou a parte teórica com a contextualização da formação do povo brasileiro, sobre a questão da miscigenação, imigração e do processo de escravização no Brasil.
O resultado, que ainda está por vir, será uma exposição de fotos tiradas pelos próprios alunos, com seus próprios telefones celulares, algumas transformadas em imagens 3D, com a ajuda de softwares e aplicativos, tudo embasado por conhecimentos históricos. Os três professores foram reconhecidos pelo trabalho nos dias 29 e 30 de novembro, em Brasília. Ao todo, 20 experiências exitosas de diferentes cidades brasileiras foram destacadas durante o 3º Encontro Nacional do Sistema Estruturado de Ensino da Rede SESI.
“A fotografia também mostrou, reforça a ideia para nossos alunos, de que nada é separado, tudo está interligado, os saberes, os conceitos, as disciplinas, é uma sequência, principalmente, na educação. Nos complementamos, isso dá significância e isso realmente é aprendizagem, quando você consegue ver o mesmo assunto em diferentes temáticas, em diferentes contextos e em diferentes áreas”, explica Alícia Zatti.
Segundo a professora, poder usar o próprio celular, uma ferramenta que eles adoram, foi um dos pontos fundamentais para atrair o interesse dos jovens. “É algo do universo deles, do cotidiano, podem usar o celular, vão mostrar o olhar de vocês, como vocês se entendem, como é você, realmente. Segundo a escola, esse espaço é meu, o que representa na minha vida.
Eu, a minha individualidade, conceito de pertencimento e o olhar para a cidade, a população, o estado de Roraima”, detalha Alicia.
Na hora de introduzir a matemática nesse processo, o link foi em como trabalhar a fotografia associando conceitos da geometria. Com um software gratuito, os alunos aprenderam configuração, conceitos de interpolação e produziram fotos 3D. “A gente viu que realmente o aprendizado foi mais significativo, ele conseguiu realmente aquilo dali de uma forma diferente, da forma interdisciplinar, as aulas foram mais dinâmicas, o aluno foi mais participativo e o professor, a gente se torna só o mediador, o orientador do conhecimento”, explica Cleudimar.
Para finalizar, a exposição virá cheia de conteúdo e informação. Na disciplina de história, os estudantes foram atrás da trajetória do povo negro no país. “Antes, falamos do processo de dependência da África e da Ásia, como visão eurocêntrica foi muito prejudicial para a vida daquele povo, a luta deles, para a vida deles e trouxemos essa contextualização para o Brasil, porque o negro ainda sofre tanto com a discriminação, a demonização das suas crenças, suas práticas religiosas, por falta de conhecimento”, pondera Alexsson Pereira.
Para o docente, a experiência foi valorosa não apenas para os alunos como também para os professores. “Agrega valor a nossa prática, pela questão da interdisciplinaridade, da interação entre eles, da percepção, os diferentes olhares para essa mesma temática, por meio da fotografia, usando artes, matemática, e eles terem essa percepção para nós é muito gratificante para a nossa prática”, afirma Alexsson.
Modelo STEAM
Além da apresentação das 20 melhores práticas pedagógicas de 2018 da rede SESI, os representantes dos Departamentos Regionais participaram de uma palestra sobre STEAM, uma metodologia que trabalha de forma integrada as áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática e é baseada na aprendizagem por projetos. O modelo STEAM já está sendo utilizado dentro da rede de escolas do SESI.
O gerente executivo do SESI, Sérgio Gutti, conta que a metodologia está dentro da rede em termos de currículo, em termos de mudança profissional, inclusive, dentro do perfil dos profissionais que são contratados. O encontro, o terceiro proporcionado pelo SESI, é um desafio, mas também uma forma de reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelos docentes nas salas de aula. “Tiveram engajamento e o mais importante, geraram bons resultados, melhores resultados, na questão da aprendizagem. São projetos significativos, que trazem uma diferença para a vida dos nossos alunos e que os professores se motivam cada vez mais”, explica Gutti.
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