POLÍTICA: Quinto indiciamento de Lula pode mudar cenário de 2018, diz cientista político

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REPÓRTER: O juiz Federal Sérgio Moro aceitou uma denúncia do Ministério Público Federal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início desta semana. Agora, Lula é réu pela quinta vez e responde a cinco ações penais – três pela Operação Lava Jato, uma pela Operação Janus e outra pela Operação Zelotes. Na avaliação do cientista político Valdir Pucci, essa situação pode mudar completamente o cenário político para o ano de 2018.

SONORA: Valdir Pucci, cientista político

“Entenda-se que este indiciamento enfraquece-se um pouco para a eleição de 2018, ou seja, nós temos aí uma possibilidade do Lula, se condenado, não poder se candidatar para a presidência, desejo dele e também do próprio PT já em 2018. Então, estes indiciamentos podem mudar o cenário político de 2018”.

REPÓRTER: De acordo com os procuradores que denunciaram Lula no início da semana, o ex-presidente cometeu corrupção passiva e lavagem de dinheiro ao solicitar e receber vantagens indevidas do presidente da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht. Segundo o Ministério Público, a propina foi paga com a compra de um apartamento em São Bernardo do Campo e um terreno em São Paulo, onde os investigadores acreditam que seria construída uma nova sede do Instituto Lula.

Ainda que o ex-presidente tenha sido indiciado em três operações diferentes, o cientista político Valdir Pucci, explica que as investigações estão todas relacionadas.

SONORA: Valdir Pucci, cientista político

“Como várias delas acabam se interligando e acabam passando, também, pela Lava Jato, a mesma situação da Zelotes, por exemplo, em que ele foi indiciado sobre questão do apartamento, também foi utilizada na Lava Jato pelo seu indiciamento. Então são três operações diferentes que já acarretaram nesse quinto indiciamento”.

LOC: De acordo com o cientista político Valdir Pucci, é preciso lembrar que, se Lula for condenado, ele ficará inelegível em 2018, já que não se encaixará mais na lei da ficha limpa. Segundo o Instituto Lula, as doações estão devidamente registradas e foram feitas dentro da lei.


Reportagem, Cintia Moreira

 

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