PARAÍBA: Meninas de 11 a 13 anos devem tomar a segunda dose contra HPV

Apenas 50% das meninas entre 11 e 13 anos tomaram segunda dose da vacina contra HPV. Meta estipulada pelo Ministério da Saúde é de imunizar 75% do público alvo

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REPÓRTER: A vacinação para a segunda dose da vacina contra o HPV continua em todo o Brasil. As meninas de 11 a 13 anos de idade precisam procurar uma das 35 mil Unidades Básicas de Saúde, em todo o país, e se vacinar contra o vírus que causa o câncer do colo do útero. Apesar do sucesso da vacinação na primeira fase, nesta segunda fase, o número de meninas vacinadas está abaixo do necessário. Na Paraíba, por exemplo, metade das meninas de 11 a 13 anos foi vacinada, mas esse número precisa aumentar. É bom lembrar que, não adianta nada tomar a primeira dose e não tomar a segunda. A estudante, Cecília Dantas, de 12 anos, e que mora em João Pessoa, tem medo de injeção, mesmo assim, quando soube da importância da vacina não teve dúvidas e tomou a primeira e a segunda doses.
 
SONORA: estudante – Cecília Dantas
 
“Eu não tive medo. Eu só não gosto do método de injeção, mas a vacina em sí eu não senti nenhuma reação. Eu acho muito importante para prevenir e para diminuir o tanto de mortes que está acontecendo. Para mim, eu não tive nenhuma dificuldade em questão às informações porque estava bem claro. Eu vi cartazes falando sobre essa vacina e na minha escola como teve essa vacinação, tudo ocorreu sem nenhuma dificuldade. Sem nenhum problema de informação. Essa vacina é muito importante e não deve ter medo, porque a vacina não dói e não é ruim, ela só tem coisas boas a oferecer.”
 
REPÓRTER: Aproximadamente 56 mil meninas, entre 11 e 13 anos, da Paraíba, tomaram a segunda dose da vacina. Na primeira fase da vacinação, a Paraíba registrou praticamente 100 por cento de adesão das meninas de 11 a 13 anos de idade à vacina contra o HPV, como conta a chefe do Núcleo de Imunização da Secretaria de Saúde da Paraíba, Isiane Queiroga.
 
 SONORA: chefe do Núcleo de Imunização da Secretaria de Saúde da Paraíba – Isiane Queiroga
 
“Nós avaliamos aqui que a dificuldade que nós tivemos foi com relação aos eventos adversos que saíram na mídia e isso prejudicou muito a adesão dessas adolescentes para a segunda dose. Mas no estado mesmo, nós não tivemos casos de eventos adversos graves que inviabilizasse isso. Mas a aceitação na primeira dose, com relação a esses tabus e essas coisas, a gente não teve esse problema. Inclusive, tivemos muito incentivo dos próprios pais que levavam as adolescentes para vacinação. Nós orientamos que, se ela tomou a primeira dose, provavelmente ela não vai ter reação na segunda dose. Então, a gente chama essas adolescentes para que elas completem o seu esquema vacinal e assim elas estejam protegidas e protejam o companheiro que elas venham a ter futuramente.”
 
REPÓRTER: O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, fala da importância de vacinar meninas de 11 a 13 anos contra o vírus HPV, lembrando que, com isso esta poderá ser a primeira geração de mulheres livre das mortes por câncer do colo do útero.
 
SONORA: secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde – Jarbas Barbosa
 
“Essa geração que está sendo vacinada contra o HPV, combinando a vacina contra o HPV com o exame papanicolau, a partir dos 25 anos, pode ser a primeira geração livre de mortes por câncer do colo do útero, por isso, as famílias não devem perder essa oportunidade e não devem dar ouvidos a boatos que não têm nem comprovação no Brasil, nem em qualquer lugar do mundo. Essa vacina era uma vacina cara, que antes de ser incorporada pelo SUS, que só meninas ricas tinham acesso. Hoje, qualquer menina do nosso país pode estar protegida contra o câncer do colo do útero. Por isso é importante que as meninas que tomaram a primeira dose, tomem a segunda. A proteção só está completa quando ela toma a segunda dose e cinco anos depois, ela toma o reforço.”
 
REPÓRTER: As meninas entre 11 e 13 anos, que não tomaram a segunda dose da vacina contra o HPV, para evitar o câncer do colo do útero, precisam procurar uma Unidade Básica de Saúde, pois não adianta nada tomar a primeira dose e não tomar a segunda. Quem ainda não tomou a primeira dose e tem entre 11 e 13 anos, também precisa se vacinar.
 
Reportagem, Diane Lourenço