Foto: Francisco Alves/Brasil Mineral
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O que preocupa a indústria de mineração no Brasil?

No que diz respeito à agenda geopolítica e de capitais, o representante da EY disse que há perspectiva de um pouco mais de tranquilidade no aspecto geopolítico, com a nova presidência americana, e isso deve contribuir para decisões de investimento.

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Com o objetivo de identificar os principais temas que atualmente preocupam a indústria mineral no Brasil, a EY realizou um estudo em parceria com o Ibram reunindo executivos de algumas das principais empresas e também dirigentes do próprio Instituto, no qual foram abordados três blocos de tópicos considerados prioritários:

  • Termos associados a aspectos sociais, ambientais e de governança
  • Agenda geopolítica e de capitais
  • Temas de inovação, e gestão de talentos como uma alavanca para a produtividade e segurança

De acordo com Afonso Sartorio, líder de Mineração e Metais da EY no Brasil, o estudo identificou que: a mineração tem 63% de apoio da população nos territórios onde atua e rejeição de 13%; os territórios têm IDH superior à média dos estados onde as operações se encontram; os riscos para a vida e o meio ambiente impactam 42 a percepção da mineração em segmentos da sociedade (como novos talentos e investidores); os melhores exemplos de relacionamento territorial têm em comum uma agenda de desenvolvimento de longo prazo e comunicação franca de ações concretas em linha com o planejado; essas ações precisam ser complementadas com a evolução dos padrões de governança corporativa e de gestão de riscos em linha com novas regulações; os desafios impostos pelos rompimentos de barragens e combate à covid-19 têm mobilizado empresas do setor, governo e comunidades em torno de programas inovadores.

No que diz respeito à agenda geopolítica e de capitais, o representante da EY disse que há perspectiva de um pouco mais de tranquilidade no aspecto geopolítico, com a nova presidência americana, e isso deve contribuir para decisões de investimento. "O arrefecimento de tensões também deve contribuir para o arrefecimento de políticas protecionistas, e a maior estabilidade propicia investimentos", disse.

A mudança de matriz energética para insumo energético das operações de mineração e de produção de metais, segundo Sartório, vai focar, a partir de agora, em prover insumos para essa indústria. "Existe uma agenda no setor de powershift, frotas móveis de lavra, principalmente em minas subterrâneas, para uma eletrificação, um olhar sobre hidrogênio, gás natural, fontes renováveis e investimentos expressivos das mineradoras nesse sentido".

Por outro lado, apontou, há perspectiva de maior volatilidade de preços, pela maior troca de informação que existe no mundo.

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