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Especialista tira dúvidas sobre mudanças propostas no sistema previdenciário brasileiro
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As despesas do Brasil com a Previdência estão acima do que seria o esperado a partir da expectativa de vida do brasileiro. Num ranking que inclui 86 países, o Brasil está em 13.º como o que mais gasta com aposentadorias e pensões em relação às suas riquezas. O país gasta como uma nação desenvolvida, mas tem despesas de um país em desenvolvimento: falta equilíbrio no pagamento de aposentadorias, onde poucos recebem mais e uma parcela privilegiada da população se aposenta muito cedo.
Além disso, desponta na 56.ª posição entre os que têm a população mais velha, com 60 anos ou mais. Diante disso, o governo trabalha para aprovar uma reforma no sistema previdenciário. As contas, de acordo com a União e economistas, não fecham. A economista chefe da ARX Investimentos Solange Srour explica porque é importante que os gastos com a Previdência sejam recalculados.
“Porque se a Previdência não for recalculada a gente vai ter uma despesa com ela crescendo muito rapidamente. Por exemplo, hoje os gastos com INSS são próximos a 8% do PIB. Se nada for feito, em 2060 isso se torna 18% do PIB. E se nada for feito esses gastos não vão caber no orçamento. Então muito provavelmente os aposentados vão acabar ficando sem seus benefícios. A reforma é muito necessária porque se nada for feito os aposentados vão perder o seu direito no futuro.”
Atualmente, para cada 100 integrantes da População Economicamente Ativa, há 21 idosos em situação de dependência por aposentadoria. Aí mora o problema: com o aumento da expectativa de vida no país, esse número em 2060 deve ser de 63 aposentados para cada grupo 100. Ou seja, haverá menos gente contribuindo com o INSS e mais gente dependendo dele pra receber.
Levando-se em conta a realidade atual, o gasto do governo com a Previdência deveria ser em torno de 4% do Produto Interno Bruto. Em 2016, no entanto, foi pouco mais que o dobro disso. Somam-se aí despesas com aposentadoria, pensões por morte, benefícios assistenciais e acidentários do INSS e de servidores da União. Para enxugar esses gastos, o governo federal espera que a Câmara vote e aprove a reforma da Previdência Social ainda este mês, antes do recesso parlamentar.
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