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A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) obteve receita líquida de R$ 11.125 milhões no terceiro trimestre de 2023, um aumento de 2% quando comparado com o mesmo trimestre do ano anterior, como resultado, principalmente, do forte desempenho verificado no segmento de mineração, que combinou novo recorde de vendas com aumento nos preços realizados. Adicionalmente, os segmentos de logística e cimentos também contribuíram positivamente para o maior faturamento verificado no período. O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) totalizou R$ 8.320 milhões no trimestre, uma redução de 4,9% em relação ao trimestre anterior, refletindo a normalização da produção na siderurgia.
No terceiro trimestre, a CSN registrou lucro bruto de R$ 2.805 milhões, com uma Margem Bruta de 25,2% ou 11% acima do constatado no mesmo trimestre de 2022. Esse crescimento de rentabilidade reflete o forte desempenho operacional verificado no período, além do efeito positivo do aumento do câmbio nas vendas para o mercado externo. As despesas com vendas, gerais e administrativas totalizaram R$ 1.175 milhões no entre julho e setembro, sendo 8,6% superiores ao registrado no trimestre anterior, como consequência do maior volume comercializado na mineração, acarretando maiores despesas com fretes. O resultado financeiro foi negativo em R$ 1.223 milhões, em linha com o apresentado no trimestre anterior, como consequência da manutenção do custo da dívida e menor impacto das ações da Usiminas.
A CSN registrou lucro líquido de R$ 91 milhões no terceiro trimestre e despencou 62% quando comparado com o mesmo trimestre de 2022. Já o EBITDA Ajustado foi de R$ 2.815 milhões, um crescimento de 4% sobre o mesmo período de 2022, enquanto a margem EBITDA passou de 23,9% para 24,3% na comparação dos trimestres. Esse aumento de rentabilidade é consequência direta da melhora dos preços no segmento de mineração que, somada a um maior volume de vendas, acabou por compensar toda a conjuntura mais desafiadora verificada no segmento siderúrgico. Adicionalmente, também contribuiu favoravelmente para a melhora do EBITDA o desempenho mais forte alcançado no segmento de logística e a dinâmica positiva verificada no segmento de cimentos, com aumento de preços e captura de sinergias.
A CSN investiu R$ 1.191 milhões no terceiro trimestre de 2023, um valor 20,2% superior em relação ao montante investido no trimestre anterior, com destaque para os reparos nas baterias de coque na UPV e reparos gerais nas operações de siderurgia. No segmento de mineração, destacam-se os investimentos correntes para manutenção da capacidade operacional e avanço nos projetos de expansão (principalmente relacionados a P15, recuperação de rejeitos das barragens e expansão do porto Itaguaí), acompanhado dos investimentos correntes nas operações de Cimento.
A produção de placas de aço da CSN atingiu 922 mil toneladas no terceiro trimestre, mais 25,9% em relação ao trimestre anterior, o que reflete a normalização da operação após uma série de gargalos enfrentados no primeiro semestre. Por sua vez, a produção de laminados planos atingiu 835 Kton, um aumento de 7,8% sobre o segundo trimestre e o que reflete a retomada do processo produtivo e trazendo o volume produzido para números mais próximos dos períodos anteriores.
As vendas totais alcançaram 1.018 mil toneladas no terceiro trimestre de 2023, 3,1% a menos em relação ao verificado no segundo trimestre de 2023. O mercado interno registrou crescimento mesmo com toda a pressão enfrentada com produtos importados, com destaque para o desempenho dos laminados quentes. As vendas domésticas somaram 747 mil toneladas de produtos siderúrgicos, o que representa um aumento de 1,1% em relação ao trimestre anterior. No mercado externo, as vendas somaram 271 mil toneladas no trimestre e recuaram 13% na comparação com os três meses anteriores, como resultado da sazonalidade e uma dinâmica mais fraca do mercado europeu.
No trimestre, a CSN exportou cinco mil toneladas de forma direta e 267 mil toneladas foram vendidas pelas subsidiárias no exterior, sendo 67 mil toneladas pela LLC, 132 mil toneladas pela SWT e 68 mil toneladas pela Lusosider. Em relação ao volume total de vendas, o destaque ficou por conta do segmento de aços planos para construção, com 24,1% de aumento na comparação com o trimestre anterior. Por sua vez, Automotivo (-11,9%) e Linha Branca (-4,2%) aparecem entre os destaques negativos após um início de ano mais forte. Na comparação anual, houve recuperação importante da linha branca e aços planos para construção, mas com quedas nos demais segmentos.
A CSN informa aos acionistas e ao mercado em geral que atualizou as projeções sobre a substituição na estimativa de produção de minério de ferro somada às compras de terceiros de um patamar entre 39 milhões t e 41 milhões t para 42 milhões t e 42,5 milhões t no fechamento de 2023; Substituiu o custo caixa C1 na mineração de um patamar entre US$19/ton a US$21/ton para US$22/ton em 2023; e modificou a alavancagem, medida pelo indicador Dívida Líquida/EBITDA Ajustado de um patamar entre 1,75x e 1,95x para um nível entre 2,00x e 2,50x no fechamento do balanço anual de 2023 e abaixo de 2,0x no fechamento do balanço anual de 2024.
Além disso, a siderúrgica retirou a projeção de volume de vendas de aço de 4.670 mil t em 2023 e de atingir um EBITDA por tonelada na siderurgia de US$165/ton em 2023.
A CSN comunicou aos acionistas e ao mercado em geral que o Conselho de Administração aprovou, em reunião realizada em 13 de novembro de 2023, a distribuição de dividendos intermediários, no montante de R$ 985 milhões, à conta de reserva de lucros, correspondendo R$ 0,742782969659389 por ação do capital social, a título de antecipação do dividendo mínimo obrigatório.
Os dividendos serão pagos a partir do dia 29 de novembro de 2023 e serão calculados e creditados com base nas posições dos Acionistas em 20 de novembro de 2023.
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