LITERATURA: Judiciário homenageia escritor paraense Dalcídio Jurandir

As obras do escritor Dalcídio Jurandir enriqueceram o Chá Literário do Poder Judiciário, que homenageou o paraense. 

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REPÓRTER: As obras do escritor Dalcídio Jurandir enriqueceram o Chá Literário do Poder Judiciário, que homenageou o paraense. Os livros “Chove nos Campos de Cachoeira”, “Marajó”, “Linha do Parque” e “Belém do Grão Pará” foram alguns destaques. A servidora Maria José Campelo Costa comenta a leitura dos livros.

SONORA: Servidora, Maria José Campelo Costa.
 
“Foi justamente em voltar às minhas origens do interior. Então, a linguagem do Dalcídio ele vai buscar a linguagem do caboclo paraense, do interior. E ele, no livro, ele faz com que a gente esteja lá presente, como se a gente tivesse vivendo o presente e não o passado. A gente vê a cultura viva através dessa linguagem, que caracteriza o nosso povo paraense”.
 
REPÓRTER: O escritor Dalcídio Jurandir nasceu em janeiro de 1909, no município de Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó. Em 1941, ele se mudou para o Rio de Janeiro onde faleceu no dia 16 de junho, com a doença mal de Parkinson. Em homenagem ao paraense, uma rua na Barra da Tijuca leva o nome dele e em 2003, foi fundado o Instituto Dalcídio Jurandir. O professor Paulo Nunes apresentou a história do escritor e destaca o perfil das obras do paraense.
 
SONORA: Professor, Paulo Nunes.
 
“Ele é um grande escritor brasileiro da segunda geração do romance modernista brasileiro e ele desenvolveu uma obra, durante aproximadamente 50 anos, e essa obra ela expõe com todas as tintas da realidade, as nossas contradições sociais, a nossa cultura, a cultura marajoara, a cultura de Belém, sobretudo. Dalcídio Jurandir, então, ele passa a ser um escritor que é fundamental para se ler o Brasil, o Brasil do Norte, a Amazônia brasileira”.
 
REPÓRTER: Dalcídio Jurandir foi primeiro lugar no concurso literário promovido pela Revista Dom Casmurro, em 1940. O escritor paraense recebeu também o prêmio Paula Brito, da Biblioteca do Estado da Guanabara. Em 1972, foi agraciado com o prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras. A diretora do Departamento de Documentação e Informação do Judiciário, Pollyana Pires, ressalta que o Chá Literário valoriza a cultura paraense.
 
SONORA: Diretora do Departamento de Documentação e Informação, Pollyana Pires.
 
“É uma oportunidade, sempre, de oferecer um pouco da nossa literatura, tanto nacional quanto regional. E essa parte cultural, sempre adornada com exposições, tanto do acervo do autor quanto da sua história, é sempre enriquecedora”.
 
REPÓRTER: Servidores do Judiciário paraense também podem conferir os 12 painéis da exposição “Dalcídio Jurandir – barro do princípio do mundo”. A exposição pode ser visitada até 30 de agosto, de oito da manhã às quatro da tarde, na biblioteca desembargador Antônio Koury, do Tribunal de Justiça do Pará.
 
Reportagem, Thamyres Nicolau