Data de publicação: 19 de Fevereiro de 2016, 12:37h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
REPÓRTER: A incidência de ataques a sites de empresas e instituições brasileiras registrou alta de 274 por cento, em 2015. O dado é da 18º Edição anual da Pesquisa Global de Segurança da Informação, da PwC. A consulta foi feita com 600 executivos do Brasil. No País, o número de ataques passou de mais de dois mil e trezentos, em 2014, para mais de oito mil, no ano passado. De acordo com a pesquisa, 41 por cento dos respondentes no país informaram que os funcionários atuais são os principais responsáveis pelos incidentes de segurança da informação. O especialista em segurança da informação, Edgar D’Andreia, explica de que forma se fazem os ataques.
SONORA: Edgar D’Andreia, sócio da PwC e especialista em segurança da informação
“ Esses ataques são direcionados e planejados. Tecnicamente, os grupos que atacam têm objetivo, se planejam para isso. Atacam de maneira persistente, ou seja, eles vão de passo a passo. Eles usam de engenharia social, eles coletam informações, se eles tem uma determinada empresa que queiram atacar provavelmente vão olhar e entender o que a empresa faz, vão olhar o site da empresa eventualmente vão fisicamente nas instalações tentar entrar , burlar a portaria , conseguir um crachá, tentar vê se conseguem invadir fisicamente.”
REPÓRTER: O especialista Edgar D’Andreia alerta que a incidência desses tipos de ataques deve aumentar, principalmente nos sites do governo brasileiro, por conta dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
SONORA: Edgar D’Andreia, sócio da PwC e especialista em segurança da informação
“ Existe uma expectativa ate pela atratividade das Olimpíadas. Esse número de ataques que envolva o governo brasileiro aumente até porque cada um têm uma bandeira, então existe ai uma expectativa de que pode haver um aumento no número de ataques que sejam direcionados a chamar a atenção no momento das Olimpíadas ou Pré-olimpíadas, exatamente para tentar desmoralizar alguém, ou um governo, ou os organizadores ou o próprio evento das Olimpíadas.”
REPÓRTER: Outros dados também foram analisados na pesquisa. Aumentou em 56 por cento o roubo de propriedade intelectual em relação a 2014. No Brasil, 46 por cento dos entrevistados apontaram comprometimento de dados de clientes e 39 por cento relataram perdas financeiras como resultados de ataques cibernéticos.
Reportagem, Vânia Almeida