REPÓRTER: A demora na conclusão de um inquérito da Polícia Federal pode ter uma explicação ligada à falta de informatização de alguns processos. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, a ADPF, Carlos Eduardo Sobral, em uma investigação de um ano, por exemplo, quatro meses são destinados à busca por informações e provas em si. Já a tramitação física do inquérito entre a PF, Justiça Federal e Ministério Público, é de aproximadamente oito meses. Para Carlos Sobral, a informatização do processo é fundamental para uma melhor na agilidade dos processos.
SONORA: Carlos Eduardo Sobral, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal
“Quando nós tivermos o inquérito eletrônico, as informações estarão em sistemas, não haverá a necessidade de tramitar fisicamente papel de uma instituição para outra. Então, nós vamos ganhar nessa brincadeira, nesse exemplo de um ano, oito meses de investigação. Então, com certeza, a investigação vai ser concluída de forma muito mais célere e muito mais rápida.”
REPÓRTER: O inquérito eletrônico não foi adotado ainda, segundo o presidente da ADPF, devido ao corte de investimentos na corporação. É por essa e outras razões que tramita na Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda à Constituição número 412, que pede a autonomia administrativa e orçamentária da Polícia Federal em relação ao Ministério da Justiça. Com a aprovação da medida, a PF poderia escolher em quais pontos investir o orçamento.
Para saber mais sobre como você pode colaborar para a autonomia da Polícia Federal, acesse: adpf.org.br.
Reportagem, Raphael Costa