BRASIL: Projeto busca profissionalizar empreendedores das favelas brasileiras

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem


REPÓRTER: Na primeira semana de maio, o Sebrae vai realizar um mutirão nas favelas de Heliópolis e Paraisópolis, em São Paulo, para trazer os empreendedores locais para a formalidade. O Projeto Favela Legal vai detectar os moradores com o perfil empreendedor e incentivar a formalização dos pequenos negócios que já existem e fazer uma capacitação para a comunidade. É o que explica o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.

TEC./SONORA: Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae.

“Nós vamos fazer este mutirão dentro dessas duas comunidades para fazer a regularização das empresas. Em termos de legislação, o trabalho dos últimos quatro anos já está feito, ou seja, hoje nós podemos diferenciar ou desconectar a regularidade da empresa da regularidade do imóvel. Então eu posso ter uma empresa regular em um imóvel irregular. Lógico que o imóvel da favela é irregular, você não tem título, é invasão, mas a empresa está lá.”

REPÓRTER: A ideia básica é incentivar a adesão em larga escala ao Microempreendedor Individual, o MEI, que e um programa de incentivos a microempresas com faturamento de até R$ 60 mil. Segundo o presidente do Sebrae, serão utilizados membros das favelas como monitores para fazer este trabalho.

TEC./SONORA: Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae.

“Você olha uma favela tem farmácia, tem mercearia, tem tudo lá dentro, é uma cidade. Só que é uma cidade na informalidade. E nós estamos trazendo todos para a formalidade através do MEI ou da micro empresa, nós vamos ajudá-los a organizar e vamos utilizar os membros da comunidade como monitores, porque eles sabem a linguagem. Não adianta você trazer um consultor com uma linguagem sofisticada que eles não vão entender, mas se for dentro da linguagem deles, eles entendem. Por isto este trabalho que é inédito.”

REPÓRTER: De acordo com a pesquisa Data Popular, usada pelo Sebrae como base para idealização do Favela Legal, os mais de 12 milhões de moradores de favelas brasileiras movimentam cerca de R$ 80 milhões. O projeto nas favelas de São Paulo atuará como um piloto e pode ser expandido para outros locais do Brasil.

Reportagem, Cintia Moreira

 

 

Receba nossos conteúdos em primeira mão.