REPÓRTER: A Polícia Federal é uma das principais instituições responsáveis por investigar acusados nos diversos crimes de corrupção. Para intensificar e aprimorar essa ação, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal sugeriu à sociedade uma série de medidas que podem aumentar a eficiência das ações e diminuir a impunidade no Brasil. Uma das medidas sugeridas pela associação é a da criação de uma lei que afaste o servidor público do cargo caso ele seja indiciado pelo delegado de polícia por prática de corrupção no curso do inquérito policial. Apesar de parecer básica, a medida ainda não é adotada, como explica o presidente da ADPF, Carlos Eduardo Sobral.
SONORA: Carlos Eduardo Sobral, presidente da ADPF
“Hoje, o que acontece, o servidor é indiciado, ou seja, há elementos suficientes para se concluir a responsabilidade, que ele praticou um ato lesivo. E mesmo indiciado, ele continua nas suas atividades.”
REPÓRTER: Além da sugestão da lei, a ADPF acredita que a adoção do inquérito eletrônico, a priorização das investigações, a unificação dos registros de identidade civil e a possibilidade instaurar ofício de inquéritos policiais sobre crimes eleitorais podem ajudar no combater de forma mais abrangente e efetiva a corrupção.
É por essa e outras razões que tramita na Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda à Constituição número 412, que pede a autonomia administrativa e orçamentária da Polícia Federal em relação ao Ministério da Justiça. Com a aprovação da medida, a PF poderia escolher em quais pontos investir o orçamento. Para saber mais sobre como você pode colaborar para a autonomia da Polícia Federal, acesse:adpf.org.br.
Reportagem, Raphael Costa