BELÉM: Judiciário realiza Chá Literário sobre Clarice Lispector

O Tribunal de Justiça do Pará realizou a 10ª edição do Chá Literário e homenageou a autora Clarice Lispector.  

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REPÓRTER: A servidora da coordenadoria de gestão estratégica do Tribunal de Justiça do Pará, Luciana Fernandes, participou pela primeira vez do Chá Literário, que nesta 10ª edição homenageou a autora Clarice Lispector.  Luciana comenta a relevância do evento cultural no Judiciário.

 
SONORA: Servidora da coordenadoria de gestão estratégica do Tribunal de Justiça do Pará, Luciana Fernandes.
“Eu acho importante a questão cultural mesmo, da gente ter contato com os nossos escritores, pessoas que, de uma certa forma, contribuíram  para a questão literária do País, e a Clarice, com certeza, foi um deles”.
 
REPÓRTER: No Chá Literário sobre as obras de Clarice Lispector foram destaques os romances Perto do Coração Selvagem, A Cidade Sitiada, A Noite e A Hora da Estrela. Também foi apresentado o trecho de uma entrevista que Clarice concedeu à TV Cultura, em 1977, sobre sua vida. Graduada em Letras pela Universidade Federal do Pará, Merissa Ribeiro foi mediadora no Chá Literário e destaca algumas características de Clarice.
 
SONORA: Graduada em Letras pela Universidade Federal do Pará, Merissa Ribeiro.
“O que me chama, particularmente, muita atenção na obra dela, é como ela descreve o processo artístico, como ela percebe a escrita, o que é a escrita para ela. Nós vimos na entrevista, por exemplo, ela falando que ela não se considera escritora. Para mim, na minha interpretação, essa fala é fruto de uma mentalidade que concebe a escrita como algo natural, não é uma profissão, a escrita simplesmente acontece. Ela vive, ela se questiona, e todos esses questionamentos vão brotando à escrita, naturalmente”.
 
REPÓRTER: No Chá Literário sobre Clarice Lispector, também foram mencionados os contos Laços de Família, A Legião Estrangeira e A Vida Íntima de Laura. A diretora do Departamento de Documentação e Informação do Judiciário, Pollyanna Pires, ressalta que o evento enriquece o conhecimento dos servidores.
 
SONORA: Diretora do Departamento de Documentação e Informação do Judiciário, Pollyanna Pires.
“A gente percebe um projeto já consolidado, a gente tem um público fixo e um público que sempre vem para conhecer, a depender do autor. Então, por exemplo, Clarice era uma autora que várias pessoas pediam e o legal é que a gente percebe uma qualificação da participação das pessoas. Talvez conhece, lê alguma coisa, mas não sabe da história, da vida do autor. Então, enriquece muito”.
 
REPÓRTER: Clarice Lispector nasceu em 1920, na Ucrânia, mas se naturalizou brasileira. Seu falecimento foi em 9 de dezembro de 1977, no Rio de Janeiro. O Chá Literário sobre Clarice Lispector também ocorrerá em 19 de agosto, no Salão do Júri do Fórum de Castanhal, às dez da manhã.
 
Reportagem, Thamyres Nicolau