OURO

20/03/2024 00:01h

A proposta foi aprovada por 16 votos a 0 em uma primeira votação e ainda será submetida, em outra reunião, a turno suplementar

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou o projeto de lei (PL) 836/2021, do senador Fabiano Contarato (PT-ES), para ampliar o controle do comércio de ouro no Brasil. A redação põe fim à “presunção de boa-fé” na promoção da origem do metal – regra já suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2023. O projeto também veta a comercialização de material extraído de terra indígena e de área de conservação ambiental.

A proposta foi aprovada por 16 votos a 0 em uma primeira votação e ainda será submetida, em outra reunião, a turno suplementar. Caso não haja recurso para votação no plenário principal do Senado, seguirá direto para análise da Câmara dos Deputados. O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) comemorou a decisão. Nos últimos dois anos, o Instituto tem elevado o tom de seu protesto contra o garimpo ilegal.

Segundo o IBRAM, a atividade criminosa promove a destruição de pessoas e do ambiente, bem como das expectativas do verdadeiro desenvolvimento socioeconômico. Nesse período, o IBRAM procurou angariar apoios, articular parcerias e entendimentos com autoridades e organizações diversas, como o Banco Central, a Receita Federal e a Comissão de Valores Mobiliários, além de ONGs, empresas e representações diplomáticas, entre outros agentes.

Copiar textoCopiar o texto
27/02/2024 13:15h

As minas alcançaram um aumento substancial nas Reservas Minerais Provadas e Prováveis

A Aura Minerals anuncia que fez “atualizações significativas” nas Reservas e Recursos Minerais das minas de Apoena, localizadas em Mato Grosso. De acordo com a empresa, “com a incorporação de dados de perfuração exploratória e de infill realizados entre 2022 e 2023, as minas alcançaram um aumento substancial nas Reservas Minerais Provadas e Prováveis, consolidando mais de 5 anos de vida útil com base nessas reservas. Este desenvolvimento marca o maior aumento na história operacional da Apoena desde 2017. Além disso, os Recursos Minerais Medidos e Indicados também continuaram a crescer”.

Foi o maior aumento nas Reservas Minerais Provadas e Prováveis (P&P ou 2P) na história operacional de Apoena desde 2017, apoiando mais de 5 anos de vida útil da mina (LOM) baseada apenas em reservas 2P.

As reservas Provadas e Prováveis aumentaram para 276 mil onças de ouro no final de 2023, após a depleção pela produção do ano. Já os Recursos Minerais Medidos e Indicados (M&I) também aumentaram para 478 mil onças de ouro contido após a depleção de 2023.

Agora, o foco da exploração será aumentar os Recursos Minerais Inferidos em profundidade e ao longo da zona mineralizada, incluindo perfuração de expansão para delinear possíveis conexões entre as cavas. Adicionalmente, há oportunidades de novas adições de recursos e reservas nos múltiplos alvos ao redor do complexo inteiro e na região. 

Rodrigo Barbosa, Presidente e CEO da Aura, disse que “aumentar a Vida Útil de Apoena tem sido uma iniciativa importante para a Aura, dado seu alto potencial e o histórico de baixos investimentos em exploração. Iniciamos o ramp-up de Apoena em 2016 com cerca de 233 mil onças em Reservas P&P. Desde então, operamos por 7 anos e produzimos mais de 420 mil onças de ouro, porém só recentemente decidimos aumentar os investimentos em exploração para aumentar a vida útil da mina. Estes investimentos foram bem-sucedidos, nos levando a aumentar nossas Reservas P&P para mais de 276 mil onças, o que reflete em mais de 5 anos de vida útil pela frente, e a provar que com foco em campanhas geológicas podemos adicionar onças rapidamente em nossas operações. Além do nosso programa de exploração para aumentar os Recursos e Reservas Minerais nas minas existentes, seguimos focados em avançar em outros alvos, tanto dentro do complexo quanto regionalmente, no prolífico cinturão de ouro do Guaporé, abrangendo mais de 200 km de extensão. Nosso foco em 2024 será adicionar Recursos Minerais Inferidas ao nosso inventário total para em seguida continuar aumentando as nossas Reservas Minerais P&P."

Copiar textoCopiar o texto
26/02/2024 15:45h

A empresa anunciou gastos de US$ 424 milhões para 2024 e projeta produzir entre 660 mil e 750 mil onças de ouro no ano

A Equinox informa que avançou com os estudos técnicos para a expansão subterrânea de Aurizona, obteve autorização para iniciar o desenvolvimento do acesso subterrâneo na jazida de Piaba e conseguiu a licença para desenvolver a jazida a céu aberto de Tatajuba, no estado do Maranhão.

A empresa informa, também, que encerrou 2023 com seu trimestre de produção mais forte e com os custos de caixa mais baixos do ano, elevando a produção anual para 564.458 onças de ouro e com custos de sustentação totais de US$ 1.622 por onça. 

Segundo Greg Smith, presidente e CEO da Equinox Gold, o projeto Greenstone foi um foco significativo durante 2023. Após 2,5 anos, a construção estava substancialmente concluída no final do ano, o que é uma grande conquista para a equipe. O foco em Greenstone mudou agora para o comissionamento a quente e o aumento das operações, com o primeiro ouro programado para o primeiro semestre de 2024.

“Olhando para o futuro, esperamos produzir entre 660.000 e 750.000 onças de ouro em 2024, com custos monetários de US$ 1.340 a US$ 1.445 por onça e custos totais de manutenção de US$ 1.630 a US$ 1.740 por onça. Começamos 2024 com US$ 360 milhões em liquidez total que, juntamente com o fluxo de caixa de nossas minas operacionais e investimentos comercializáveis ​​atualmente no valor de cerca de US$ 100 milhões, nos deixam bem financiados para atingir nossos objetivos para 2024 e avançar a Greenstone para a produção comercial”, disse ele.

Para 2024, a orientação de produção e custo é de 660.000 a 750.000 onças de ouro a custos à vista de US$ 1.340 a US$ 1.445 por onça e AISC de US$ 1.630 a US$ 1.740 por onça.

Os desembolsos previstos para 2024 somam US$ 425 milhões, sendo US$ 212 milhões em despesas de manutenção, US$ 213 milhões em despesas não sustentáveis e US$ 95 milhões em despesas de capital não sustentáveis ​​ para levar o projeto Greenstone à produção comercial.

A empresa informa que desde 1º de janeiro de 2024 emitiu 5,0 milhões de ações ordinárias no âmbito do Programa ATM a um preço médio de ação de US$ 4,56 por ação ordinária, para uma receita bruta total de US$ 22,9 milhões.

Em 2023, o fluxo de caixa das operações antes de alterações no capital de giro não monetário de US$ 527,5 milhões, que inclui US$ 225,0 milhões em receitas de acordos de pré-pagamento de ouro (US$ 358,5 milhões após alterações no capital de giro não monetário). O EBITDA ajustado foi de US$ 304,4 milhões, o caixa e equivalentes somava US$ 192 milhões no final de dezembro de 2023 e a dívida líquida era de US$ 733 milhões.  

Copiar textoCopiar o texto
22/01/2024 14:30h

O programa de perfuração inicial consistirá em aproximadamente 5 mil metros em 27 furos

A Altamira Gold forneceu uma atualização sobre seu programa de perfuração a diamante de segundo estágio em andamento na descoberta de ouro Maria Bonita, em seu projeto Cajueiro, localizado nos estados de Mato Grosso e Pará.

A perfuração foi reiniciada no projeto Maria Bonita após as férias de final de ano. O furo MBA0010 está atualmente a uma profundidade de 228 metros. Uma segunda unidade de perfuração de diamante foi contratada e está atualmente sendo mobilizada para o local do projeto.

O programa de perfuração inicial consistirá em aproximadamente 5 mil metros em 27 furos e foi projetado para testar as extensões laterais e verticais da mineralização de ouro disseminada hospedada intrusivamente intersectada nos sete furos de reconhecimento iniciais perfurados durante 2023.

Segundo o CEO Mike Bennett, “este é um momento muito emocionante para Altamira e seus acionistas. Mobilizamos uma segunda sonda de perfuração a diamante para Maria Bonita, a fim de acelerar a definição do tamanho da mineralização hospedada intrusiva descoberta durante 2023. As amostras dos furos de perfuração estão no laboratório aguardando ensaios. Outras amostras serão enviadas após a conclusão de cada furo.”

O alvo Maria Bonita faz parte do projeto Cajueiro, que está localizado a aproximadamente 75 km a noroeste da cidade de Alta Floresta, no estado de Mato Grosso. Cajueiro é um dos três principais projetos que a Altamira controla na região, sendo os outros dois Apiacás e Santa Helena.

O alvo Maria Bonita está localizado 7 km a oeste do Recurso Mineral NI 43-101 da Empresa em Cajueiro, que atualmente compreende 5,66Mt com teor de 1,02 g/t de ouro, com um total de 185.000 onças na categoria de Recurso Indicado e 12,66Mt  com  1,26 g/t. de ouro, com um total de 515.000 onças na categoria de Recursos Inferidos.

Copiar textoCopiar o texto
18/01/2024 12:35h

Já foram investidos até agora US$ 430 milhões, ou 94% do previsto para o projeto

A GMIN informa que atingiu 76% de avanço na implantação do seu projeto de ouro Tocantinzinho, que está em construção no estado do Pará e que deve iniciar produção comercial no segundo semestre de 2024. A empresa destaca vários aspectos positivos registrados nas obras de implantação ao longo de 2023, tais como: zero incidente com perda de tempo no período; pico de 2.200 empregados e contratados no projeto, sendo 95% da força de trabalho composta por brasileiros; foram comprometidos US$ 430 milhões (94% do total previsto), em linha com o orçamento definido no Estudo de Viabilidade; 73% da construção foi completada; a engenharia e colocação de pedidos foi totalmente realizada; 193 km da linha de transmissão de energia foram completados conforme cronograma e orçamento previstos.

Do ponto de vista financeiro, o projeto está totalmente financiado e com fluxo de caixa positivo. Os US$ 250 milhões de venda antecipada de ouro à Franco-Nevada (Barbados) Corporation estão totalmente assegurados, há US$ 82 milhões de linhas de crédito não sacadas compostas por um empréstimo a prazo de US$ 75 milhões de uma afiliada da Franco-nevada e US$ 7 milhões de linhas de financiamento de equipamentos em 31 de dezembro de 2023 e US$ 112 milhões em caixa e equivalentes em setembro de 2023.

A empresa informa que obteve 104% em valorização no preço das ações entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023 e se mantém como a única junior mining company na RBC Capital Market’s Canadian Small Cap Conviction List, após ter sido adicionada em maio de 2023. Recentemente, a GMIN foi graduada para ter suas ações listadas na TSX. Antes, a empresa era listada na TSX-V.

Copiar textoCopiar o texto
05/01/2024 20:45h

Objetivo é prover segurança pública para comunidades onde existam unidades produtoras de ouro e de pedras preciosas

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), representado pelo ministro interino, o secretário-executivo Ricardo Cappelli, e o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), através de seu vice-presidente Fernando Azevedo e Silva, assinaram, nesta sexta-feira (dia 5 de janeiro), um acordo de cooperação técnica para o desenvolvimento de ações de interesse comum, visando a concepção das políticas de segurança pública para comunidades onde existam unidades produtoras de ouro e de pedras preciosas.

Na ocasião, Romano Costa, Diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) explicou que o acordo faz parte do Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas, batizado de Enfoque, que busca aproximar o poder público dos entes privados a fim de compartilhar e integrar informações, que permitam planejar com maior eficiência ações de segurança, especialmente em áreas com grande concentração de minerais de alto valor. O objetivo é coibir o ataque de organizações criminosas, conhecidas como o “novo cangaço”.

O Acordo de Cooperação Técnica consiste na elaboração de estudos e diagnósticos a fim de subsidiar a formulação de estratégias de enfrentamento ao crime organizado e à criminalidade violenta que impactam as operações de empresas mineradoras de ouro e de pedras preciosas no país. Faz parte do documento o desenvolvimento de um Plano de Trabalho pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), junto às comunidades e autoridades locais, para criar mecanismos de defesa contra os eventos criminosos, incentivar o intercâmbio de informações entre as mineradoras e as autoridades municipais, estaduais e federais, além de promover treinamentos e simulados com as operações planejadas nos municípios produtores.

Mauro Henrique Moreira Souza, diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), disse não conhecer em profundidade os termos do acordo de cooperação técnica, mas comemorou a iniciativa, “por si só interessante para o setor”, com a esperança de que também haja um enfrentamento à atividade ilegal. Souza lamentou que a atual estrutura orgânica da ANM não tenha condições de realizar esses enfrentamentos – “não temos inteligência de mercado e sequer uma área que cuide da parte socioambiental”.

Fernando Azevedo e Silva, vice-presidente do IBRAM, salientou que “uma carga de minério, inclusive barras de ouro, resulta de um extenso e complexo conjunto de operações, que tem origem na centena ou milhares de tentativas de sondagens para se descobrir jazidas no subsolo. É um investimento de grande volume e de alto risco em todas as etapas, desde a pesquisa geológica até a lavra do minério. São necessários muitos anos, até mesmo décadas, para uma mina gerar lucratividade após cumprir demandas das legislações, que inclui uma série de licenciamentos, pagamento de impostos, emprego de profissionais altamente qualificados, entre outras muitas ações. Em contrapartida a todo este tempo e desembolso de investimentos cotados em milhares ou milhões de dólares e que geram diversos benefícios ao país e aos brasileiros, as atividades criminosas levam apenas alguns instantes para dar fim ao resultado de tamanho, esforço e aporte de recursos financeiros”.

Fernando prosseguiu explicando que o acordo de cooperação técnica tem por objeto a elaboração de estudo e diagnósticos a fim de subsidiar a formulação de estratégias de enfrentamento ao crime organizado e a criminalidade violenta que vem impactando as operações de empresas e mineradoras de ouro e pedras preciosas no país – “a atratividade do ouro produzida em municípios do interior com carência de recursos estatais para garantir a ordem pública foi identificada como fator primordial de atos criminosos. Isso, entre outros fatores, evidenciou a necessidade de uma ação coordenada a nível federal para avançar na luta contra o crime organizado”.

Numa pesquisa realizada pelo IBRAM junto às mineradoras de ouro e pedras preciosas, é perceptível a preocupação dos gestores das mineradoras sobre os problemas e desafios inerentes à temática. O estudo também coletou dados sobre produção, geração de emprego, impostos, localização das operações minerárias, órgãos públicos e forças de segurança presentes nos municípios, assim como a incidência da atuação de quadrilhas organizadas.

José Luiz Ubaldino de Lima, diretor do Departamento de Geologia, Transformação e Produção Mineral do Ministério de Minas e Energia celebrou o acordo entre a iniciativa privada e o Governo Federal como combate “a esse sério problema que vem se avolumando nos últimos tempos”.

Encerrando a cerimônia de assinatura do acordo de cooperação técnica, Ricardo Capelli, Ministro da Justiça e Segurança Pública em exercício, reforçou a necessidade de integrar todas as informações, sejam elas geradas por entes públicos ou privados, “para ampliar a eficiência no que diz respeito à segurança pública no Brasil. O setor de mineração representa boa parte da balança comercial brasileira, tem importância estratégica para a economia do país. Segurança é um dos vetores fundamentais que alavanca o desenvolvimento do setor, garantindo um ambiente de negócios sadio para que a economia possa se desenvolver”. (Mara Fornari)

Copiar textoCopiar o texto
19/12/2023 00:15h

Guerras na Ucrânia e Oriente Médio tendem a manter crescimento no preço do ouro no exterior. Especialistas apontam como isso influi no mercado interno do Brasil

Baixar áudio

Impulsionada pela sensação de risco de inflação e agravamento na economia dos Estados Unidos, a bolsa de valores de Nova Iorque registrou, neste final de ano, uma tendência de crescimento no preço do ouro. Segundo especialistas ouvidos pelo Brasil 61, apesar de uma pequena queda nos últimos dias, a alta no preço do ouro deve se manter no principal centro econômico norte-americano, porque historicamente o metal desempenha um papel de segurança em momentos de crise.

De acordo com Maurício Gaoioti, especialista em comércio de ouro no Brasil, são dois os principais motivos que influenciam a tendência de crescimento no preço do ouro, nas bolsas de Nova Iorque, atualmente. “Neste final de dezembro, [o aumento ocorre] principalmente em relação aos dados econômicos americanos, que foram abaixo do esperado  — esse é o primeiro fator”, justifica o empresário.

“O segundo fator de influência, que já está sustentando essa tendência de alta há um bom tempo, é a crescente demanda, pelos bancos centrais [de vários países], pela compra do ouro para as suas economias, para a sua reserva, em especial a China —  que aumentou em mais de 167% o volume de compra para a reserva dela”, esclarece Gaioti.

Já o diretor Sustentabilidade do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), Julio Nery, acrescenta que, além dos fatores da economia mundial, o preço internacional do ouro também pode estar sendo pressionado pela instabilidade gerada por conflitos bélicos existentes na faixa de Gaza e na Ucrânia. Por este raciocínio, a tendência de crescimento no preço de minérios como o ouro é impulsionada pela crescente sensação de risco que os investidores têm, em relação à economia mundial.

O especialista explica que, normalmente, as guerras, ainda que estejam sendo diminuídas neste momento, são sempre fatores que resultam em grande instabilidade para a economia mundial e que, por isso, ainda geram incertezas provocando uma flutuação para cima no valor do ouro. Ao Brasil 61, Júlio Nery explica que a subida no preço do ouro no mercado internacional pode influenciar de maneira positiva a mineração regular do ouro produzido no país.

"Como isso afeta as empresas brasileiras: são variações que podem perdurar por mais tempo ou não. Mas a gente sabe que esse preço do ouro acima de 1.800 dólares a onça já está perdurando por muito tempo. E isso certamente, para a mineração regular, implica num grande incentivo para novos projetos de mineração”, observa.

Taxas de juros

A expectativa de o Federal Reserve (Fed)  manter taxas de juros elevadas por mais tempo na economia americana, segundo os especialistas, também impacta o valor do metal, já que o ouro desempenha o papel de ser um ativo de proteção e segurança, em ambientes de juros altos e incerteza econômica.

Além disso, os dados sobre o sentimento do consumidor nos Estados Unidos teriam causado um receio em relação às expectativas dos consumidores quanto à possibilidade de inflação prolongada no país, destacando ainda mais o valor do ouro como um ativo que preserva seu valor, a qualquer tempo, independentemente da situação econômica ou eventuais crises enfrentadas pelo país.

“Portanto, investir em ouro é uma estratégia segura, que oferece muitas vantagens no contexto financeiro e de investimentos atual e tende a continuar assim em 2024”, conclui Gaioti.

Copiar textoCopiar o texto
15/12/2023 04:15h

Fiscalização da Receita gera prejuízo a mineradores que trabalham na legalidade, segundo especialista. Presidente da FPMin, deputado Zé Silva, defende a necessidade de se rastrear o ouro

Baixar áudio

A “operação padrão” da Receita Federal para fiscalizar o ouro brasileiro destinado à exportação está há dois meses formando filas no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) e gerando prejuízo a diversos mineradores que trabalham dentro da legalidade. 

A afirmação é do especialista em comércio de ouro Mauricio Gaioti, conselheiro da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM).

Segundo ele, "a fiscalização é importante, mas é preciso mais celeridade para que não haja mais atrasos na exportação, pois isso previsivelmente gera uma queda artificial no preço do metal, provocada pelo aumento da oferta do produto no mercado interno".

Gaioti diz que os prejuízos atingem a cadeia produtiva de vários estados do país e está causando demissão em massa. "Em Mato Grosso, eu vi pessoalmente o preço do ouro ser comercializado cinco vezes pior do que em qualquer lugar do mundo".

"Eu achei importante a Receita fazer a fiscalização. Ela tem uma lógica por trás, porque tem que se combater mesmo a ilegalidade mas, ao mesmo tempo, há a necessidade de se criar um padrão para se identificar o que a Receita exige, para que não houvesse um impacto justamente sobre aquele [produtor] que levanta a bandeira 'pró-mercado', 'pró-legalidade' e, infelizmente, não é isso o que está acontecendo", lamenta.

"É preciso que o governo separe o joio do trigo para não prejudicar injustamente quem anda na linha e atua no mercado de forma legalizada", defende Gaioti, que até o mês passado presidiu a Omex, referência no Brasil em exportação de minérios e metais preciosos.

"Dificuldade técnica" 

"Há necessidade, sim, de fiscalização, mas eu vejo que existe uma dificuldade técnica: Guarulhos é o único aeroporto que exporta ouro do Brasil, então já existe o gargalo natural, mesmo sem operação da Receita", observa Gaioti. 

De acordo com o especialista, foi criado "um grande engessamento" com a operação iniciada há vários meses pela Receita (e que não tem data para acabar).

"O problema disso é que impactou na liquidez do mercado todo, ou seja: está também prejudicando, e muito, o mercado legalizado. Tanto é assim, que em Mato Grosso, eu mesmo vi, lá, preços inimagináveis, preços que são cinco vezes pior do que em qualquer outro lugar do mundo", relata.

Maurício Gaioti revela que a lentidão na exportação do ouro brasileiro está causando demissão em massa: "Há empresas mineradoras consolidadas no mercado legalizado do ouro, responsáveis pela geração de centenas de empregos diretos e milhares de empregos indiretos, sendo obrigadas a dispensar funcionários".

Transparência e rastreabilidade

O presidente da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável no Congresso Nacional, deputado federal Zé Silva (Solidariedade-MG), conversou sobre o assunto com a reportagem do Brasil 61 enquanto participava da COP28 (Conferência Mundial do Clima), nos Emirados Árabes.

Ele disse que não sabe o motivo do atraso nas exportações do ouro, e que não tem informações suficientes para afirmar se a Receita está exagerando na fiscalização do produto, mas defendeu a necessidade de mais transparência ao setor. 

O deputado lembra que "o mundo vive um momento de transparência, inclusive aqui na Conferência Mundial do Clima, o setor das cadeias produtivas, especialmente as do Agro, está tomando a decisão de [garantir] a maior transparência possível". Segundo o parlamentar, é necessário se rastrear o ouro, para garantir esta transparência.

"Temos que fazer um esforço concentrado para garantir a rastreabilidade do ouro brasileiro e, aí, garantir que o ouro legal seja mais valorizado do que aqueles que não produzem ouro de forma legal. Nós não temos um diagnóstico na causa desse atraso. Uma coisa certa: não dá mais para continuar sem ter a rastreabilidade do ouro", conclui.

Matérias relacionadas:

Atraso da Receita em liberar exportação de ouro do MT não se justifica, diz especialista 

Empreendedor diz que governo atrasa, de propósito, exportação do ouro de Mato Grosso

Outro lado 

A reportagem do Brasil 61 entrou em contato com a Receita Federal por diversas formas, mas não obteve resposta.

Procurada, a Agência Nacional de Mineração (ANM) não quis opinar. O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) afirmou não ter informações ou avaliações sobre o assunto.

 

Copiar textoCopiar o texto
08/12/2023 11:00h

Entrevista exclusiva com Marcelo Pereira, Presidente da Anglogold Ashanti Latam

Garantir a continuidade dos negócios, desenvolver novas oportunidades, visando ganho de escala e redução de custos e tornar a empresa novamente competitiva, baseada nos conceitos de sustentabilidade. Estes são os principais desafios de Marcelo Pereira, novo Presidente da AngloGold Ashanti Latam, num momento em que a empresa enfrentava alguns problemas relacionados com a operação da planta de metalurgia do Queiroz, em Nova Lima (MG) e resultados negativos das operações que levaram à paralisação de uma das minas da empresa, Córrego do Sítio, no município de Santa Bárbara (MG).

Para o executivo, a paralisação (temporária) de Córrego do Sítio, em agosto de 2023, foi uma decisão difícil, cujos impactos a companhia buscou minimizar, principalmente do ponto de vista dos recursos humanos, já que várias pessoas que trabalhavam na operação foram realocadas em outras unidades. “Córrego do Sítio operou durante dois anos com resultados negativos e a projeção que tínhamos para os próximos anos era de muitos investimentos e custos altos e ainda resultados negativos. Então, buscando a solidez e toda a responsabilidade com as nossas outras operações na América Latina e principalmente no Brasil, tivemos que tomar a decisão de paralisação temporária desse ativo. Essa paralisação temporária, é importante ressaltar, é exclusivamente para produção. Todas as outras atividades relacionadas a segurança patrimonial, recuperação de áreas e estruturas, estão mantidas. Nossos investimentos nas questões ambientais, de reparação, e manutenção dos quadros (hoje há cerca de 200 pessoas nessa operação), continuam sendo feitos. Seguimos fazendo uma série de reavaliações desse ativo, principalmente de estudos alternativos de retomada dessa operação de forma segura e responsável. Temos toda uma abertura, inclusive de avaliação de possíveis parcerias”.

Ele acrescenta que a AngloGold Ashanti continua fazendo investimentos importantes no País, devendo fechar 2023 com um desembolso entre R$ 900 milhões e R$ 1 bilhão. Para 2024, embora o orçamento ainda não esteja fechado, a expectativa é que sejam mantidos os mesmos níveis de investimento de 2023. Os desembolsos, segundo Marcelo Pereira, estarão direcionados para a confirmação das reservas, a fim de garantir a longevidade das operações, principalmente nas unidades de Cuiabá e Serra Grande, mas também na unidade que a empresa mantém na Argentina, Cerro Vanguardia, na Patagônia, melhoria da produtividade e também no programa de descaracterização das barragens. O dirigente espera uma retomada “muito forte” no ritmo de produção da empresa. “2023 foi bastante desafiador no sentido de que no começo do ano houve problemas com a operação da planta de metalurgia do Queiroz, o que trouxe impacto na escala de produção, mas isto está sendo resolvido e estamos adotando medidas para a retomada da planta em 2024, a fim de ter escalabilidade de produção e, principalmente, redução dos custos, trazendo mais uma vez a competitividade que se espera”, diz ele.  

A empresa está priorizando também a solução dos problemas existentes nas barragens de rejeito. “Somos uma empresa de 189 anos e temos barragens com 70 anos de operação. A adequação às legislações atuais e a modernização das técnicas de construção de barragens fazem parte da nossa transformação. Um dos grandes investimentos que temos feito é a continuação da reparação, descaracterização dessas estruturas, o que vai trazer para a empresa uma redução da sua exposição aos riscos, e principalmente uma contribuição muito forte às comunidades com quem atuamos. Até 2022, fomos a primeira empresa de mineração de ouro no Brasil a ter 100% de disposição a seco, ou seja, com a instalação de filtros que nos permitem sair da disposição convencional para a disposição em grão em barragem de rejeito. O nosso desafio agora é continuar com essa prática, modernizar ainda mais, se possível, ao mesmo tempo em que fazemos o projeto de descaracterização das estruturas. Isso traz um pouco o conceito de sustentabilidade, principalmente respeito às comunidades com quem atuamos, além do cumprimento dos requisitos legais atribuídos ao nosso negócio”.  

Ainda com relação a Córrego do Sítio, o dirigente diz que sua paralisação impacta de forma relevante a produção, porque era uma operação que aportaria 110 mil onças, em bases normais. “Paralisamos temporariamente essa operação no mês de agosto e até então havia sido produzido cerca de 40 mil onças. Então o stress é de aproximadamente 70 mil onças. Mas foram adotadas medidas bastante inteligentes para minimizar o impacto que essas quedas poderiam trazer, com maior produção nas nossas operações de Cuiabá”. Nesta mina, a empresa inicialmente trabalhava com uma projeção de 180 mil onças e pode chegar a 247 mil onças. “Estamos trabalhando ainda buscando algumas outras oportunidades. Em Goiás também temos explorado o melhor possível as nossas variações de produção. Mas não é fazer produção a qualquer preço e sim garantir que o que estamos fazendo agora seja o correto, para não impactar os anos seguintes”. Ele acrescenta que, para 2024, a empresa espera compensar ainda mais as perdas de produção que teve este ano.

Nessa jornada de recuperação da produção e melhoria da performance operacional, o novo Presidente da AngloGold Ashanti Latam ressalta que as operações da empresa são de grande profundidade, o que é desafiador. Em Cuiabá, por exemplo, as operações estão a 1.600 metros de profundidade. Córrego do Sítio, por sua vez, está a 1.200 metros. Ele salienta que a legislação do trabalho no País tem 80 anos (é de 1943), e ainda prevê, para operação em subsolo, uma jornada de trabalho de seis horas, apesar do avanço das tecnologias. “Há operações de mina subterrânea em países como Austrália, Reino Unido, Estados Unidos e outros, já com escalas de 12 horas. Nós queremos ter uma competitividade melhor a partir desse modal. Seguimos fazendo nossos estudos, procurando a melhor maneira possível de tornar nossas operações mais produtivas, para que isso não impacte de forma negativa ou anule os benefícios que precisamos ter para nos mantermos competitivos”. Estamos fazendo tudo para que possamos retomar a operação de Córrego do Sítio. Ainda não temos um cronograma de retomada, mas vamos avaliar com mais afinco, maior profundidade, para a retomada dessa operação. Fizemos gestões com as prefeituras, com a ANM, e todas as partes interessadas concernentes ao nosso negócio”.

Com relação aos investimentos nas outras operações, seguimos investindo fortemente em tecnologia. Vale ressaltar que fiquei encantado assim que cheguei na empresa, porque vi que temos diversas tecnologias que trazem nossas operações para níveis muito bons. Nós temos, por exemplo, carregadeiras que são de controle remoto, operamos carregadeiras a 1.200 metros de profundidade a partir de uma sala de controle na superfície, em Cuiabá e também em Serra Grande. Assim como temos um sistema de monitoramento, dentro dessa mina, que é fantástico sob o ponto de vista de garantia de segurança, necessária para qualquer evento. Fazemos acompanhamento de todas as pessoas dentro da mina, a 1.300 ou 1.400 metros de profundidade. O sistema de monitoramento, que chamamos de people tracking, monitora todas as pessoas em subsolo, em tempo real. E em dezembro de 2023 vamos receber a primeira carregadeira elétrica no País, para operar em subsolo, o que é muito importante, porque reduz as emissões e diminui o risco de exposição das pessoas a gases que poderiam ser gerados. É um investimento significativo, da ordem de R$ 5 milhões, em parceria com a empresa Sandvik. Estamos fazendo esses investimentos para garantir melhora da nossa competitividade e maior produtividade das operações”.

Com relação às descaracterizações de barragens – atualmente a empresa tem sete estruturas no Brasil, há um cronograma específico para cada uma delas. “Mas posso dizer que elas estão seguras. Temos feito investimentos importantes na instalação de instrumentações que nos permitem avaliar, de forma preventiva e assertiva, o comportamento das nossas estruturas. Muitos investimentos têm sido feitos nos últimos anos, não só na formação de equipes multidisciplinares, mas principalmente de especialistas para suportar nossas operações, atendendo inclusive aos melhores padrões, não só nacionais, mas também internacionais, de gestão de barragens. Temos feito inspeções e auditorias regulares para garantir que nossas estruturas estão seguras. Esse cronograma segue algumas premissas. Temos uma barragem a montante apenas, a de Serra Grande, a qual temos até 2025 para fazer a descaracterização de acordo com a Resolução 95 da ANM, mesmo porque temos alguns compromissos com o Ministério Público e com a Justiça do Estado de Goiás, com quem estamos discutindo. É nosso pleno interesse que consigamos fazer as obras de descaracterização com a maior brevidade possível, respeitando as regras da própria engenharia, para que possamos devolver a tranquilidade e principalmente honrar o nosso compromisso com as comunidades com as quais atuamos e fazer 100% pela segurança das pessoas que estão na nossa Zona de Autossalvamento e de Salvamento Secundário”.

Sobre a unidade da Serra Grande, Marcelo Pereira afirma que este continua a ser um ativo importante dentro do portfólio da empresa, que têm feito investimentos importantes em pesquisa, que levaram à descoberta de novos recursos e reservas.

“Temos trabalhado de forma firme na gestão, tanto dos investimentos quanto dos gastos operacionais em Serra Grande. Foi feita uma reestruturação, inclusive com novas lideranças e temos trabalhado na descaracterização da barragem. Queremos operar Serra Grande da melhor forma possível. É um ativo que já tem um histórico de longa data. Estamos descobrindo novas regiões, mas a operação se torna cada vez mais profunda e desafiadora, do ponto de vista de custo. Os teores têm caído de forma bastante relevante, nos últimos anos”, detalha Marcelo, acrescentando que a projeção de produção para 2023 está abaixo de 100 mil onças e que, portanto, a empresa precisa buscar alternativas para manter a performance desse ativo acima do nível de 100 mil onças, “o que vai fazer com que ele opere gerando resultados positivos e pague os investimentos. Fazemos investimento em pesquisa mineral, no refinamento do modelo geológico, e buscando todas as alternativas possíveis para que se tenha o melhor resultado. A intenção é manter o ativo dentro do portfólio. Evidentemente avaliações são feitas a todo momento, porém nosso objetivo é manter o ativo, gerando resultado positivo e principalmente não abrindo mão da descaracterização de sua barragem”, conclui.  (Por Francisco Alves e Mara Fornari)

Copiar textoCopiar o texto
07/12/2023 18:20h

O valor, de US$ 31 milhões, é composto por US$ 21 milhões por venda de royalties e US$ 10 milhões referentes a um empréstimo Gold Loan

A Aura Minerals anuncia que sua controlada Borborema Inc., subsidiária integral e proprietária indireta do projeto de ouro Borborema localizado no estado do Rio Grande do Norte, Brasil assinou um acordo com a Gold Royalty Corp. para assegurar o financiamento de US$ 31 milhões para a construção do Projeto Borborema. O valor, de US$ 31 milhões, é composto por US$ 21 milhões relativos à venda de royalties e US$ 10 milhões referentes a um empréstimo tipo Gold Loan.

Este financiamento, somado ao empréstimo de US$ 100 milhões junto ao Banco Santander Brasil e aos US$ 14 milhões arrecadados através de gold-collars com várias instituições financeiras, garante à Aura mais de US$ 145 milhões para financiar a construção do Projeto Borborema, cujo investimento total previsto é de US$ 188 milhões.

Com a transação, a Gold Royalty adquiriu royalties de 2.0% sobre a receita líquida de produção do Projeto Borborema para as primeiras 750 mil onças de ouro a serem produzidas pelo Projeto. Após a produção de 725 mil onças, o royalty será reduzido para 0,5%. A Aura poderá exercer o direito de recompra dos 0,5% restantes do NSR Royalty pelo valor de US$ 2,5 milhões, sendo que este direito é exercível após a produção e venda de 2.250.000 onças de ouro pela mina Borborema ou, alternativamente, em 1º de janeiro de 2050.

A Aura informa ainda que realizará pagamentos trimestrais à Gold Royalty de 250 onças de ouro (1.000 onças por ano). Estes pagamentos cessarão na data de início da produção comercial do Projeto Borborema ou no décimo aniversário da data de vigência do acordo de participação.

A Gold Royalty fará pagamentos contínuos à Aura de $30 por onça equivalente de ouro entregue ou paga à Gold Royalty. Estes pagamentos são destinados a investimentos relacionados a ESG (Ambiental, Social e Governança) a serem realizados pela Aura, até um máximo de US$ 300 mil.

A operação Gold-Linked-Loan envolve US$ 10 milhões pagos em dinheiro após o fechamento da operação e terá prazo de 6 anos após o fechamento. Serão pagos juros trimestrais de no mínimo 110 onças de ouro que pode ser feito em dinheiro ou com entrega física de ouro. No vencimento, a Gold Royalty poderá receber o pagamento de US$ 10 milhões em dinheiro ou o pagamento de US$ 5 milhões em dinheiro acrescido de royalties adicionais equivalentes a uma participação de 0,5% na receita líquida de fundição sobre o Projeto Borborema.

Rodrigo Barbosa, Presidente e CEO, comentou: “Concluímos com sucesso o plano de financiamento do projeto Borborema. Com este adicional de US$ 31 milhões, totalizamos de US$ 145 milhões financiados por terceiros, valor este que somado a nossa geração de caixa, será suficiente para concluirmos as obras e iniciarmos a nova planta de Borborema, cujo investimento total será de US$ 188 milhões. Neste projeto optamos por uma estratégia de financiamento diversificada, que engloba dívida, royalty, empréstimo de ouro e gold-collars, de forma a mitigar os riscos financeiros vinculados a operação, assim como aumentar o retorno de capital dos nossos acionistas.”

Copiar textoCopiar o texto