Ministério da Saúde
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Temporais aumentam riscos de casos de dengue em Belo Horizonte (MG)

Apenas em janeiro deste ano, foram registrados quase 800 casos suspeitos da doença e 72 confirmações, na cidade

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Os temporais em Belo Horizonte ameaçam trazer mais um efeito colateral para a população, além das ruas alagadas e dos desabamentos: o aumento de casos de dengue. Apenas em janeiro deste ano, foram registrados quase 800 casos suspeitos da doença e 72 confirmações, na cidade. Mas, com os temporais, o mosquito transmissor da doença pode encontrar mais ambientes propícios para proliferação.

O diretor de Zoonoses de Belo Horizonte, Eduardo Gusmão, explica que assim que os temporais diminuírem, se não forem tomadas precauções, pode ocorrer um grande crescimento no número de pessoas infectadas com arboviroses.

“Primeiro tem aquela chuva torrencial que lava tudo, até as próprias larvas do mosquito. Depois que é o período que mais nos preocupa: as consequências que ficam. Depois dos temporais, fica aquele resto de produtos pelas ruas, tem aquelas casas que tiveram que ser abandonadas e que ficaram criadouros. Leva um tempo para que a gente sinta isso em termos de número de casos, mas a população não pode subestimar o risco da ocorrência de dengue.”

Para evitar que depois da onda de temporais o mosquito encontre lugares propícios para se reproduzir, a prefeitura de Belo Horizonte desenvolveu uma estratégia integrada de combate aos focos do mosquito. Parte do trabalho está sendo executado pela Superintendência de Limpeza Urbana, o SLU. Ele está sendo o responsável por retirar os resíduos carregados pela chuva e informar as equipes de zoonoses os locais com mais riscos.

Outro parceiro é a Defesa Civil, que abriu espaço para que a Secretaria de Saúde envie alertas para a população relativos ao risco e aumento de proliferação e Aedes aegypti. Ações do ‘Saúde na Escola’ vão ser desenvolvidas em todas as escolas municipais da capital.

Eduardo Gusmão conta, ainda, que vão utilizar drones para que as imagens aéreas mostrem prováveis criadouros do mosquito e assim, direcionar as equipes de agentes para combate nesses locais.

“Os drones foram extremamente efetivos no direcionamento de esforços de controle, no primeiro semestre de 2019, durante a epidemia. As equipes já estão pontuando as áreas de maiores riscos, para em seguida, já com esse georeferenciamento, os drones já ofereçam as imagens necessárias para esse direcionamento.”

No momento, a região leste e Venda Nova são os locais que exigem mais cuidado. Mas os mais de 1.3 mil agentes de endemias e 2.3 mil agentes comunitários, mantem a rotina de visitas e cuidados em todos os bairros da cidade.

Se você deseja solicitar a visita desses profissionais, fazer denúncias ou informar sobre locais de risco, entre em contato pelo 156 no serviço de atendimento ao cidadão. Outra opção é o aplicativo “BH App”, na qual você pode acionar a prefeitura que vai direcionar agentes para o local informado.

E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes. 

Arte: Ítalo Novais/Sabrine Cruz

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