O trabalho de doação de equipamentos de proteção individual (EPI), por parte do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), continua no estado do Pará. As duas instituições entregaram, em três dias, 550 unidades de protetores faciais, que serão destinados a profissionais da saúde, atuantes na linha de frente do enfrentamento à pandemia de covid-19.
Essa distribuição dos materiais foi feita nos municípios de Abaetetuba, Breves e Moju; além do Museu Goeldi, que por meio da campanha “Marajó Vive”, levará os EPI's para centros de saúde e hospitais do Arquipélago. Esta é a segunda fase de entregas desses equipamentos, pela qual o objetivo é doar 10 mil protetores faciais, como explica o diretor do Instituto SENAI de Inovação em Tecnologias Minerais, Adriano Lucheta.
“Nós nos sentimos na obrigação de contribuir de alguma maneira, e nós vimos, principalmente, o problema da escassez de equipamentos de proteção, como as máscaras face shild, nos hospitais de Belém. A partir dos nossos equipamentos, como impressoras 3D, começamos a fazer a produção desses EPI’s para distribuição. Então, em uma primeira etapa, foram entregues 1.100 face shild, principalmente para hospitais da região metropolitana de Belém”, afirma o diretor.
Adriano Lucheta reforça que as máscaras face shild são de suma importância para a proteção dos profissionais da saúde, pois tem por objetivo evitar a contaminação, principalmente dos olhos, com gotículas de saliva e fluidos corporais de pessoas contaminadas com covid-19. O equipamento, no entanto, segundo Lucheta, não dispensa o uso da masca convencional . Além disso, os protetores são duráveis e reutilizáveis desde que higienizados corretamente com etanol 70% ou outro agente sanitizante.
Toda a iniciativa conta também com a participação da Gráfica Sagrada Família, responsável por fazer o corte do escudo; da Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais (ABINFER) e da metalúrgica Usifer, que doaram as tiaras feitas por injeção.
No Pará, as ações da Federação das Indústrias do Estado (FIEPA) não se limitam à doação de EPI’s. A instituição também atua na recuperação de respiradores pulmonares danificados. O trabalho faz parte da iniciativa Mais Manutenção de Respiradores, mobilizado pelo SENAI em todo o País. O objetivo é consertar esses aparelhos que estão sem uso e devolvê-los para suas respectivas unidades de saúde.
“Essa linha atende hospitais públicos e filantrópicos de Belém e cidades do interior do estado. Até o momento, o SENAI já colocou em funcionamento 42 respiradores que estavam parados e puderam voltar para suas unidades de saúde de origem para ajudar no combate à doença”, destaca o gerente de Relacionamento com o Mercado SESI/SENAI do Pará, Lucas Silveira.
No Pará, os equipamentos estão sendo consertados por uma equipe composta por instrutores do SENAI, voluntários e a empresa Biomeditech. O SENAI fornece, ainda, instruções gratuitas para indústrias do setor têxtil e de confecções, para essas empresas possam fabricar EPIs, como máscaras e aventais de uso geral.