RIO DE JANEIRO: Estado teve mais de 32 mil casos de dengue, em 2019, e verão pode potencializar riscos de contaminação

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O Rio de Janeiro entra 2020 em alerta para contaminação do Aedes Aegypti. Em 2019, o estado teve 32.338 mil casos de dengue, 85.758 suspeitas de chikungunya e 1.541 de zika. Os números foram considerados altos pelo Ministério da Saúde. 

Agora, com a chegada do período chuvoso e de altas temperaturas, o estado torna possível área de alta proliferação do mosquito transmissor. No ano passado, os municípios de Três Rios, Paracambi, Iguaba Grande, Arraial do Cabo, Varre-Sai, Campos dos Goytacazes, Itaguí e Italva, apresentaram os maiores Índices de Infestação Predial.

O clima favorável e a chegada no estado do sorotipo 2 da dengue, que é mais forte em comparação ao conhecido vírus de sorotipo 1, a população do Rio de Janeiro terá de ficar atenta para os cuidados de prevenção ao mosquito transmissor, como explica o médico da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, Alexandre Chieppe. 

“Há uma preocupação grande agora para 2020 por conta ainda da possibilidade do vírus chikungunya, mas também por conta da reentrada e recirculação do vírus 2 da dengue, que é o mesmo que causou uma grande epidemia no ano de 2008 no estado do Rio de Janeiro. A gente tem transmissão dessas doenças em todos os municípios. O Aedes aegypti é um mosquito domiciliar, pois se reproduz em ambientes que geralmente estão nas nossas casas. Alguns estudos mostram que 80% dos focos de mosquito estão nas nossas residências. Se cada um cuidar da sua casa, a gente vai conseguir certamente ter um ano de 2020 mais tranquilo”.

A moradora da capital fluminense, Rejane Alves, teve dengue e durante a fase mais aguda da doença sofreu com os fortes sintomas. Ela precisou, inclusive, se afastar do trabalho por causa da doença. 

“Os sintomas eram muitas dores nas articulações, dor de cabeça, a vista ficava turva e um peso no corpo que não dava nem para me movimentar. Comer, praticamente nada. Conseguia tomar a dieta líquida, comer mesmo não tinha disposição, porque já não tinha aquele paladar. E não conseguia me movimentar.

Fiquei afastada do trabalho e não fazia meus serviços em casa. E eu peguei isso na rua, porque dentro da minha casa eu tinha horário certo para fechar as janelas. E na minha casa não tinha mosquito”.

O mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, se prolifera por meio de água parada. Todo e qualquer objeto que permita o acúmulo de água deve ser supervisionado, retirado do quintal ou limpo. A vistoria precisa ser realizada todas as semanas. 

Diante de quadro febril, dores no corpo, nas articulações ou manchas na pele, procure imediatamente o serviço de saúde.

No site riocontradengue.com.br é possível encontrar os contatos telefônicos das prefeituras das cidades do estado para denunciar os locais que possam ser possíveis criadouros do mosquito, com terrenos baldios, por exemplo. 

E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes. 

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