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Municípios do Baixo Pantanal (MS) estão com alta incidência de dengue. Doença matou duas pessoas na região

Desde o início do ano, foram notificados mais de 6,8 mil casos prováveis da doença e duas mortes

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Os municípios Corumbá, Ladário e Porto Murtinho, que compõem a microrregião do Baixo Pantanal, estão com alta incidência de dengue. Desde o início do ano, foram notificados mais de 6,8 mil casos prováveis da doença e duas mortes, em decorrência da dengue, nos três municípios. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde.

Corumbá é a cidade que tem a maior taxa de incidência para dengue, com 3,1 mil casos prováveis da doença registrados e as duas mortes. O município tem taxa de incidência de 2,9 mil casos por 100 mil habitantes, considerada alta pelos gestores da saúde. 

Ladário tem a segunda maior taxa de incidência da dengue da microrregião, com 482 notificações registradas e incidência de 2,2 mil casos para cada grupo de 100 mil habitantes. A terceira cidade da do Baixo Pantanal, Porto Murtinho, apresenta 214 casos prováveis da doença, com incidência de 1,3 mil casos para cada grupo de 100 mil habitantes. 

Autoridades em Saúde e Vigilância Sanitária reforçam que a dengue é uma das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e que a maior parte dos focos do inseto está dentro das residências. O mosquito, que também transmite a Zika e a chikungunya, usa água parada para procriar em recipientes, como vasos de planta, pneus, ralos, calhas do telhado e, até mesmo, em tampas de garrafas esquecidas no quintal. 

Campanhas informativas realizadas pelos governos do Estado e dos municípios alertam a população para o risco das doenças transmitidas e para forma correta de combater o mosquito. Agora, a atenção fica por conta da assistência, como explica o Secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende.

“Estamos fazendo, por meio da secretaria, todo apoio aos municípios, que vão ter a distribuição dos inseticidas do Ministério da Saúde, dois lotes, além de também de plotar as secretarias municipais onde é necessário veículos e equipamentos para fazer o chamado fumacê. Tudo o que nós tínhamos, encaminhamos para os municípios. Agora é a hora da assistência. Tudo o que foi possível fazer em termos de prevenção nós fizemos, agora é saber manejar clinicamente todos os casos que apareçam, principalmente na questão da reposição volêmica, a chamada hidratação”, apontou.

O governo local decretou estado de alerta para a dengue em todos os municípios depois que 11 pessoas morreram em decorrência da dengue. Em 2020, já são 18 os óbitos confirmados e mais de 33 mil casos notificados.

De janeiro a março, o Brasil teve 332.397 casos prováveis de dengue. No período, a região Centro-Oeste apresentou 370,5 casos/100 mil habitantes, em seguida as regiões Sul (348,2 casos/100 mil habitantes), Sudeste (155,5 casos/100 mil habitantes), Norte (57,6 casos/100 mil habitantes) e Nordeste (34,3 casos/100 mil habitantes). 

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, lembra que a população deve ficar atenta porque neste ano circula no país o sorotipo dois da doença, que ameaça até quem já contraiu outros tipos de dengue, no passado.

“Estamos com o sorotipo 2, que tem 18 anos que não circula no estado e muita gente não tem resistência. O clima do nosso estado é muito favorável ao Aedes aegypti. Então, a recomendação é fazer todas as ações de prevenção – mutirão e envolver a população”, alertou.

O Ministério da Saúde alerta que a população precisa continuar, de forma permanente, a combater o mosquito transmissor da dengue. A recomendação é ter atenção à limpeza dos locais que possam favorecer os criadouros do mosquito Aedes aegypti. Essa é a principal forma de prevenção. Faça sua parte. Saiba mais em saude.gov.br/combateaedes. 
 

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