Data de publicação: 18 de Agosto de 2017, 23:13h, atualizado em 18 de Agosto de 2017, 06:13h
O efeito estufa pode ter como causa esse descarte incorreto
Comprometimento da água, do solo e até do ar. As muitas consequências do descarte inadequado de lixo e de resíduos sólidos podem causar mais impacto ao meio ambiente e à vida da população do que se pode imaginar. Até mesmo as mudanças climáticas, como o efeito estufa, podem ter como causa esse descarte incorreto. O problema ainda vai além. As pessoas que têm os lixões como modo de sobrevivência também podem correr perigo. O alerta vem da diretora de Qualidade Ambiental e Gestão de Resíduos do Ministério do Meio Ambiente, Zilda Veloso. Ela explica que a Lei 12.305, publicada em 2010, prevê que estados, DF e municípios se ajustem à Política Nacional de Resíduos Sólidos, dando destino adequado aos rejeitos e que fechem seus lixões.
“A lei não prevê só o encerramento dos lixões. Os municípios e seus planos municipais têm que contemplar ações objetivas de encerramento, isolamento dessas áreas e remediação dessas áreas, para poder devolvê-las à sociedade com algum outro uso possível.”
Assim como já acontece com a cadeia de remédios, os resíduos sólidos também possuem uma logística reversa. Isso quer dizer que a responsabilidade com o uso e descarte desses resíduos em locais adequados deve ser compartilhada entre distribuidores, comerciantes, consumidores, serviços públicos de limpeza e de manejo dos resíduos, a fim de gerar o menor impacto possível ao meio ambiente e à saúde da população.
Cada tipo de lixo deve ter uma destinação final diferente e a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados quer conversar com a sociedade. No dia 5 de setembro, será realizada uma audiência pública na Casa a fim de debater os avanços e desafios dessa logística, com a presença de especialistas no setor. Na pauta, além de outros assuntos, estará a discussão dos acordos setoriais já assinados para a realização desse processo. Um dos acordos prevê que as embalagens plásticas de lubrificantes para carro tenham um destino e o conteúdo líquido tenha outro, todos voltados para a reciclagem e para a preservação do meio, como explica o deputado Carlos Gomes (PRB – RS), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Cadeia Produtiva da Reciclagem.
“Para a cadeia produtiva da reciclagem é importante porque, outrora, poderiam estar tendo o descarte inadequado. Ele vai voltar para a descontaminação, para o processo de industrialização e para a confecção de novos produtos.”
Carlos Gomes acredita que uma das soluções para reduzir a quantidade de lixo é a reciclagem. A reunião para debater será no dia 5 de setembro, às 13h30, no anexo II da Câmara dos Deputados.
De Brasília, Jalila Arabi.
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